por Antonio Francisco
Logo que acessei a internet pela manhã senti o desejo de ver o site do Pr. Ricardo Gondim. Fiquei surpreso com um anúncio para uma oficina de idéias ao vivo pelo seu site. Passei o dia acompanhando e interagindo com essa programação excelente. Até tomei a iniciativa de comunicar alguns colegas sobre o evento. Pastor Ricardo Gondim pastoreia a Igreja Betesda em São Paulo. A oficina aconteceu em sua igreja e tratou da importância de mantermos a liberdade cristã, não nos deixando prender por ideologias, quer dentro ou fora da igreja. O cristão é uma pessoa livre de cabrestos.
O Pr. Ed René Kivitz da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), também desenvolveu o tema. Ele alertou do perigo de termos uma vida cristã pautada na estrutura do Antigo Testamento. Chegou a dizer que a única função do Velho Testamento é ajudar a entendermos a Nova Aliança implantada pelo Senhor Jesus Cristo. Foi um dia proveitoso.
"Porque nós não temos estado contando a vocês histórias de fadas quando lhes explicamos o poder do nosso Senhor Jesus Cristo e a sua volta. Meus próprios olhos viram o seu esplendor e a sua glória: Eu estava lá, no monte sagrado, quando Ele se manifestou com a honra que Deus, o seu Pai, lhe deu; eu ouvi aquela voz gloriosa e majestosa chamando do céu e dizendo: Este é o meu Filho muito amado; Eu tenho muita satisfação nele.
Portanto, nós vimos e tivemos a prova de que tudo quanto os profetas disseram, cumpriu-se. Vocês farão bem em prestar toda a atenção a tudo o que eles escreveram, pois como luzes brilhando nos cantos escuros, suas palavras nos ajudam a compreender muitas coisas que, de outro modo, seriam obscuras e difíceis. Mas, quando vocês refletirem na verdade maravilhosa das palavras dos profetas, então a luz raiará em suas almas, e Cristo, a Estrela da Manhã, brilhará em seus corações. Porque nenhuma profecia da Escritura jamais foi inventada pelo próprio profeta. Foi o Espírito Santo, no íntimo desses homens de Deus, quem lhes concedeu mensagens verdadeiras da parte de Deus" (2 Pedro 1.16-21 - Bíblia Viva).
Todos nós somos dirigidos por alguma coisa. Ninguém vive sem um propósito na vida. Mas não é isso que é mais importante. O que mais importa é saber o que nos motiva. Alguns são motivados por dinheiro, fama, drogas, sexo, medo, inveja, e assim por diante. Pena que nem toda motivação mereça a dignidade que nossa vida merece.
Essa semana fui impactado por um pequeno estudo que fiz. Chamou-me a atenção de maneira renovada a experiência do apóstolo Paulo. Ele disse: "O que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo". Isso me balançou. Será que já cheguei ao ponto de considerar TUDO como perda POR CAUSA DE CRISTO? O maior desejo de Paulo era CONHECER CRISTO. Ele perseguia um prêmio que receberia na eternidade. Ele era uma pessoa brilhante, ilustre conhecedor de história, teologia, poesia, filosofia e muito mais. Paulo hoje seria "capaz de falar chinês em Pequim, citando Confúcio e Mêncio; escrever teologia intimamente arrazoada em inglês e expô-la em Oxford; defender sua causa em russo perante a Academia Soviética de Ciências". Foi o mais intelectual dos apóstolos. Mas tudo mudou quando ele teve uma experiência de conversão a Cristo.
Quando a vida faz sentido, somos capazes de suportar tudo. E a vida só faz sentido realmente, em Cristo. Ele é a vida por excelência (Jo 14.6). A pior desgraça não é a morte, mas uma vida sem Cristo. Quando encontramos o propósito da vida, passamos a ser seletivos, muitas coisas perdem significado para nós, nossos valores mudam, começamos a ver a vida na perspectiva da eternidade, pois tudo que fazemos aqui tem implicações eternas. Quero viver na terra de tal maneira, que possa continuar no mesmo propósito no céu.
Texto bíblico: Filipenses 3.1-14
Existe uma expressão popular que diz: "A casa caiu". Isso é dito para referir-se à descoberta de algo errado, um crime encoberto que veio à tona, ou algo semelhante. Pensei nisso ao lembrar-me de um versículo bíblico que diz: "...estejam certos de que vocês não escaparão do pecado cometido" (Nm 32.23). Ou seja, "a casa vai cair". Não tem como escapar das conseqüências dos erros cometidos. Ninguém quebra as leis, na verdade quabramos é a nós mesmos quando não obedecemos as leis. Se alguém pular do 10º andar de um prédio de cabeça para baixo, ela não está quebrando a lei da gravidade, mas no mínimo quebrará o pescoço. Não compensa optar pelo lado errado, da sujeira moral, da falcatrua, da imoralidade, do engano, da falsidade, do roubo, do crime, da contravenção, enfim, de tudo o que é contrário ao que é moral, honesto, legal e sobretudo, contrário ao que diz a Bíblia, a Palavra de Deus, "pois nada podemos contra a verdade, mas somente em favor da verdade" (2 Co 13.8). O pecado não tem futuro. A Bíblia fala da "besta que era, e agora não é" (Ap 17.11). O mal tem passado, mas não tem futuro. O mal não compensa. Quem vive para o mal caminha para o caos. Há uma expressão bíblica que diz: "Foram-se as frutas que tanto lhe apeteciam!" (Ap 18.14). Os frutos do pecado não amadurecem, são sempre verdes ou podres. Ninguém jamais será satisfeito plenamente tendo como base as coisas erradas. O pecado é como um muro alto que parece proteger no princípio, mas ele é rachado e torto, e de repente vai desabar, inesperadamente (Is 30.13).
A Bíblia diz que, "nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas" (Hb 4.13). Também está escrito: "Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia" (Pv 28.13). Mas Jesus é o caminho do perdão, ele é a verdade e a vida (Jo 14.6). Quem admitir a verdade sobre si mesmo, e aceitar a verdade que é a Palavra de Deus e crer em Jesus, será verdadeiramente livre (Jo 8.32, 36).
O que é o ano da Transição?
É um treinamento em quatro módulos oferecido pelo Ministério Igreja em Células. Neste ano serão realizados 3 módulos com a presença do Pr. Robert Lay, líder...
Os temas abordados no Módulo I são:
> Visão geral do Ano da Transição
> Entendendo paradigmas e mudanças
> O que é uma igreja em células
> Teologia gera metodologia
> O que é uma célula
> Taxonomia de treinamento
> Os valores do Reino e a igreja em células
> Edificação do corpo - Edificação na célula
> Implementando mudanças
> Quadro do fluxo de transição
> Desenvolvendo uma célula protótipo
> Mudar ou não mudar
> Gigantes na terra
> Crianças na célula
> A criança no Reino de Deus
> Os seus próximos passos
Graças a Deus que isso ainda não aconteceu comigo, mas são palavras do apóstolo Paulo: "Você sabe que todos os da província da Ásia me abandonaram, inclusive Fígelo e Hermógenes" (2 Tm 1.15). Acredito que Paulo está usando uma linguagem hiperbólica quando diz que todos lhe abandonaram. Provavelmente está dizendo que muitos tinham feito isso.
É uma sensação no mínimo desagradável se sentir abandonado, e estou experimentando isso por parte de algumas pessoas que eram do meu relacionamento. Algumas delas foram as que mais me elogiaram em toda a minha vida. Poderia até citar nomes como fez Paulo, não o farei.
Estou tomando todas as providências que me são cabíveis em tudo o que está acontecendo, e tirando lições. As motivações para sairem do meio do rebanho que pastoreio são injustificáveis e infantis. Lamento que tais ovelhas não saiam pela porta da frente, mas que tenham preferido pular a cerca do aprisco. Não honram a palavra e por isso não merecem o meu crédito. Ovelha que pula cerca não vai muito longe.
Hoje, enquanto esperava numa enorme fila para ser atendido, observava que pessoas da terceira idade tinham uma fila preferencial e não esperavam muito para o atendimento. Gostei do que presenciei. Esse é um direito legítimo e uma maneira de respeitar os idosos. A Bíblia diz que devemos nos levantar na presença dos idosos, e honrar os anciãos (Lv 19.32). Os cabelos brancos são uma glória para os idosos (Pv 20.29). Na igreja, um homem idoso não deve ser repreendido com aspereza, mas exortado como a um pai (1 Tm 5.1).
Por outro lado, é lamentável saber que em nosso país (Brasil), a escravidão ainda continua. Homens e mulheres são tratados como animais sem direito a nada. Trabalham apenas para comer e nunca deixam de dever ao patrão. Recebem um tratamento pior do que no início de nossa história. Naquele tempo, os donos tratavam de manter os escravos bem alimentados porque sabiam que eles eram o meio de lhes trazer lucros. Hoje, nem essa mentalidade existe, pois os escravos modernos são facilmente substituídos. Mesmo nos centros urbanos, a maioria dos trabalhadores são abusados pelos patrões em seus direitos trabalhistas.
Quando nos voltamos para a educação, é inaceitável que ainda vejamos milhares de pessoas analfabetas num mundo tão informatizado. Homens e mulheres com 50, 60 e 70 anos que não sabem ler nem escrever. Vêem pela metade. Isso também atinge as categorias mais jovens, pois muitas crianças e adolescentes abandonam as escolas por falta de motivação ou falta de estrutura. Isso tudo parece interessar a alguns que tiram proveito da ignorância de muitos. Algo precisa ser feito para mudar essa situação calamitosa. Como diria o poeta: "Que país é este?".
O que é, o que é: Quem não tem sente falta, e quem tem quer mais? O beijo. 13 de abril é o Dia Internacional do Beijo. Além do beijo alegrar o coração, ele também faz bem para a saúde, pois emagrece, queimando calorias; evita a depressão e o mau humor. Os terapeutas dizem que o beijo é um bom termômetro entre os casais, porque parar de beijar é parar de querer. O casal pode até se relacionar sexualmente, mas se o beijo não existir, é um péssimo sinal. Gostei do comentário de uma senhora que disse: "A gente beija porque a gente tem algo a beber naquela pessoa, tem algo que a gente busca ali dentro, algo que está faltando para fazer daquele momento um momento único. Embora o beijo seja tantas vezes repetido, ele é sempre único".
Deveríamos beijar mais uns aos outros. Os casais devem se beijar mais, os pais devem beijar mais seus filhos e os filhos devem beijar mais seus pais, os amigos devem se beijar entre si, e assim por diante. Os orientais usam o beijo como saudação (Lc 7.45; Rm 16.16), o que equivale ao nosso aperto de mão. Devemos nos tocar mais, afagar as pessoas, ser carinhosos com o toque físico. Isso é bom.
O Brasil é o terceiro maior consumidor mundial de produtos de beleza. E esse mercado cresce entre 9 e 10% ao ano. As pessoas pagam muito caro para manter uma boa aparência. Um implante de cabelo pode custar até R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Claro que devemos valorizar o belo da aparência física, mas existe algo mais quando se fala de beleza.
Devemos valorizar o beijo, porque ele é agradável como uma boa resposta (Pv 24.26). O romantismo, a amabilidade e as boas maneiras, não devem perecer jamais. Também devemos nos importar com a beleza. A Bíblia fala da beleza de Absalão (2 Sm 14.25), de muitas mulheres belas, e de tratamento de beleza (Et 2.3, 9, 12). Mas somos alertados do perigo enganador da beleza apenas física. A mulher pode usar a beleza para seduzir o homem de maneira imoral (Pv 6.25). A beleza é enganosa. O que vale mesmo é temer o Senhor (Pv 31.30; 1 Tm 4.8). A verdadeira beleza não está nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas, mas no ser interior. Essa é a beleza que não perece, demonstrada num espírito dócil e tranqüilo, o que é de grande valor para Deus (1 Pe 3.3-4).
Um antigo cântico, resume bem o que é a verdadeira beleza:
"Que a beleza de Cristo se veja em mim,
Toda a Sua admirável pureza e amor.
Ó Tu chama divina,
Todo o meu ser refina
Té que a beleza de Cristo se veja em mim".
Chamou-me a atenção na letra da música "Lutar pelo que é meu" de Charlie Brown Jr., a expressão "cada escolha uma renúncia". Vivemos escolhendo e renunciando o tempo todo. Sempre estamos escolhendo, e sempre que escolhemos, renunciamos algo. Devemos escolher com responsabilidade, pois tudo em nós está interligado e afeta outras pessoas. Tudo está ligado com tudo.
Hoje fiquei incomodado com uma reportagem sobre educação. É lamentável saber que professores estão ficando reféns de alunos. Uma professora grávida perdeu o bebê depois de ouvir ofensas de uma estudante de 16 anos. Um outro aluno incendiou o carro de uma diretora por não ser aprovado. É de fazer chorar, ver a falência da educação em nossa sociedade. Pais e professores têm dificuldades para educar. As leis criadas para beneficiar a educação não ajudam muito. As autoridades também têm dificuldades, e poucos parecem ter exemplo para mostrar em seus próprios lares.
Em muitos lugares de nosso país, alunos andam horas ou esperam ônibus velhos quando ainda é alta madrugada, para poderem chegar a escolas precárias. Em alguns lugares as salas de aulas são sucatas de ônibus. Isso tudo é uma vergonha para o ensino público de nosso país.
Tudo começa em casa. É um efeito dominó. Os pais não conseguem educar e por isso responsabilizam a escola que também não consegue fazer muitas coisas e que também culpa o sistema. Essa dificuldade na educação é fruto de uma criação com princípios deficientes. Se os pais tivessem passado mais tempo construindo um relacionamento íntimo e profundo com os filhos nos anos pré-escolares, muitas coisas seriam diferentes. Mas infelizmente os pais também não tiveram uma boa educação, e por isso têm dificuldade para educar. Ao perceberem a fragilidade dos pais, os filhos ficam inseguros e incrédulos quanto a educação e autoridade deles. Isso se estende para as autoridades fora de casa, e o resultado é o que estamos vendo cada dia.
Pais e professores precisam crescer, precisam aprender. Uma das razões da precariedade da educação nos lares e nas escolas, é que pais e professores não acompanham o desenvolvimento dos filhos e alunos. Hoje, com a dinâmica da internet e outros meios, os jovens mostram ter mais bagagem que os seus pais e professores. Isso também implica na qualidade e na motivação.
A educação passa pelo temor a Deus. O livro de Provérbios na Bíblia tem princípios divinos para a educação das crianças em casa e consequêntemente na escola.
"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (1 Pe 1.3).
A foto ao lado é da tradicional entrada do túmulo de Jesus em Jerusalém. Ninguém tem certeza absoluta do local da sepultura de Jesus. Para os cristãos evangélicos, pouco importa saber o exato local onde Jesus foi sepultado. O que vale mesmo é saber que ele ressuscitou. Não cremos no Cristo morto, mas no Cristo que morreu e ressuscitou e que está vivo para sempre.
Há um interesse velado em esconder a ressurreição de Jesus. "Coincidentemente" nas proximidades da semana santa é comum, como aconteceu mais uma vez esse ano, lançarem reportagens ou apresentarem "provas" que neguem o fato histórico da ressurreição de Jesus. Na sexta-feira santa tudo pára, é feriado, dia santo, mas no domingo da ressurreição tudo é comum. Quem tem interesse nisso? Não se pode falar da morte de Jesus, sem falar de sua ressurreição, pois ambos os fatos são igualmente importantes e se complementam. Jesus "foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação" (Rm 4.25). Jesus ressuscitou para nos declarar justos.
O diretor Mel Gibsom no filme A Paixão de Cristo, procurou mostrar as últimas 12 horas da vida de Jesus. Pessoas choravam aos prantos ao assistirem o filme, por verem tanto sofrimento e o "fim" tão cruel de uma pessoa tão boa. Conheço pessoas que assistiram o filme e choraram muito, mas continuam as mesmas. Jesus não morreu para ser alvo de nossa clemência, pois morreu espontaneamente por causa dos nossos pecados. O choro deve ser por nós mesmos, não por ele. Jesus morreu, sim. Graças a Deus que ele morreu na cruz do Calvário em nosso favor. Sem isso, estaríamos todos banidos eternamente da presença de Deus. Agora, há uma porta aberta para o perdão dos pecados e a vida eterna em Jesus Cristo. Jesus morreu na cruz por nós, mas isso não foi o fim.
Jesus está vivo. Ele ressuscitou. Quando o apóstolo Paulo anunciava o Evangelho de Jesus fazendo a defesa da fé, ele insistia em dizer que Jesus morreu, mas que agora está vivo (At 25.19). Nós, cristãos evangélicos, também precisamos insistir em dizer que Jesus está vivo. Esta mensagem deve ser anunciada sempre, ela é fundamental para a nossa fé, pois se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação e a nossa fé. Além disso estamos mentindo em nome de Deus ao dizer que Ele ressuscitou a Cristo dentre os mortos quando isso não aconteceu. Se Cristo não ressuscitou, não temos perdão dos nossos pecados, seremos punidos eternamente, e aqueles que morreram crendo na ressurreição de Jesus estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo é apenas para esta vida, somos os mais dignos de compaixão. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos. Ele está vivo.
Outro livro sobre liderança? Já há tantos bons livros nessa área, por que mais um? O fato é que, apesar de todos os livros que existem, enfrentamos, hoje, uma crise de liderança na Igreja, tanto no sentido de qualidade como de quantidade. Pesquise em diversas igrejas sobre o maior desafio ou problema delas. A maioria não dirá que é falta de crescimento, boa doutrina, finanças, visão, planejamento estratégico, ferramentas ou um pastor comprometido; mas, repetidas vezes, surgirá o problema de falta de líderes.
Enfrentamos uma realidade que a maioria dos livros sobre liderança não leva em conta: o crescimento assustador de famílias não funcionais e de uma cultura ocidental que está em plena decadência, sem podermos perceber aonde vamos parar. Essa cultura prega e vive a doutrina do materialismo, do individualismo, do hedonismo (dedicação ao prazer) e do relativismo (tudo é relativo, não há o absoluto). A cada ano, nossos líderes evidenciam mais esses valores, bem como as raízes não funcionais procedentes de famílias problemáticas.
Enfrentamos outra realidade que os líderes de dez ou vinte anos atrás não enfrentaram: o próprio crescimento da igreja evangélica a leva a um sentido de acomodação, de satisfação com o status quo. Não encontramos a mesma resistência por parte das pessoas não crentes e, assim, caímos na mediocridade. Somos aceitos na área política, somos até procurados. E o número de crentes nominais e de vida cristã medíocre cresce de forma assustadora.
Jim Collins no seu best-seller secular, Empresas feitas para vencer, descobriu que 11 das empresas que compõem a lista da Fortune 500 (as 500 melhores empresas dos Estados Unidos) se destacaram por serem realmente excelentes. Decolaram e não pararam de crescer por quinze anos seguidos. Das 500, 489 empresas eram boas, bastante boas, mas apenas 11 eram excelentes. Collins as comparou com outras 11 empresas semelhantes, dentro das 489, e descobriu seis princípios praticados pelas empresas excelentes que não eram praticados pelas outras.
Refletir sobre o estudo de Collins e tais princípios fez uma diferença tremenda em minha vida e ministério. Dentre outras coisas, perguntei-me se há algo que distinga bons líderes e pastores dos excelentes, dos grandes líderes que brilham. Pensando nisso, Deus me levou a refletir sobre duas coisas que chamamos de grande: o Grande Mandamento e a Grande Comissão. Percebi que os relacionamentos são o coração de ambos. Seja o amor do Grande Mandamento ou o discipulado da Grande Comissão, o que faz alguém ser grande ou excelente é sua habilidade de desenvolver relacionamentos comprometidos e saudáveis.
Na cultura moderna, quase tudo é descartável, incluindo relacionamentos. Quem não gosta de sua escola, faculdade, de seu emprego, bairro, ou casamento acaba mudando. Não aprendemos a crescer com nossas dificuldades e conflitos, mas, sim, a escapar. A cada ano as pessoas parecem ter menos capacidade de se relacionarem bem. Mas isso é fundamental para sermos pessoas, famílias e igrejas saudáveis. Temos de contornar esse tsunami que derrota a todos aqueles que o enfrentam.
As maiores perdas não são externas, mas internas. Algumas igrejas até mantêm a aparência de vida através de suas muitas atividades e programas, mas não têm o poder real do Espírito, manifestado em amor e relacionamentos profundos.
A habilidade de nos relacionarmos bem não vem por meio de cursos, seminários teológicos ou livros, nem através de um livro como este, sobre relacionamentos. Vem pela própria ação de nos relacionarmos! Por isso, encorajo você a estudar este livro com um grupo de pessoas que deseja crescer na arte e na habilidade de relacionar-se bem, de maneira saudável, para que tenham uma influência significativa na vida de outros.
Este livro pretende ser de fácil leitura, que causa inspiração. Destaca 7 relacionamentos, em 7 seções, com introdução, conclusão e 42 capítulos. Sugiro que você procure ler um a cada semana, compartilhando com seu grupo aquilo que você aprendeu, para colocar em prática o que toca seu coração, realmente, e tornar-se um líder que brilha.
Se você quiser aprofundar o assunto de qualquer capítulo com mais algumas perguntas ou tarefas, ao fim deles, encontrará algumas idéias e propostas para reflexão.
O Apêndice 3 fornece a estrutura para montar um plano de ação. A qualquer momento que você sentir o desejo de realmente mudar sua vida numa das áreas desenvolvidas neste livro, pode usar esse apêndice como ferramenta.
Espero que este livro não fique apenas na inspiração, mas que provoque mudanças e ações que possam tornar a visão uma realidade em sua vida!
David Kornfield - MAPI
A semana continua santa, e hoje não é dia de luto nem de medo, é dia de alegria, porque Jesus está Vivo. Ele esteve morto, mas agora está vivo para todo o sempre! (Ap 1.17-18). Sua morte não foi um acidente, algo casual, fortuito ou imprevisto. Sua morte fazia parte de um propósito e pré-conhecimento de Deus (At 2.23). Ele não morreu como inválido, surpreendido numa emboscada. Quando se aproximou o tempo de sua morte, Jesus "começou a explicar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse para Jerusalém e sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia" (Mt 16.21). Ele deu sua vida para retomá-la. Ninguém a tirou dele, ele a deu por espontânea vontade, pois tinha autoridade para dá-la e para retomá-la. Ele recebeu essa autoridade de Deus-Pai (Jo 10.17-18). Como disse Agostinho: "Se Jesus não tivesse entregue a si mesmo, ninguém o teria entregue". Jesus é o bom pastor que dá a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.11). Ele mesmo disse que veio para "...dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20.28).
Enquanto Jesus era levado para ser crucificado, "um grande número de pessoas o seguia, inclusive mulheres que lamentavam e choravam por ele. Jesus voltou-se e disse-lhes: Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem por vocês mesmas e por seus filhos!" (Lc 23.27-28). Mais tarde, quando ele já havia ressuscitado, Maria Madalena chorava junto à sepultura de Jesus. Dois anjos lhe apareceram e lhe disseram: "Mulher, por que você está chorando? Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito..." (Jo 20.13; Mt 28.6).
Jesus está vivo! "Ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles" (Hb 7.25). "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para a salvação. Como diz a Escritura: Todo o que nele confia jamais será envergonhado. Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam, porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10.9-13).
"E quem aproveitou melhor as comidas e os prazeres do que eu?" (Ec 2.25).
Ontem (segunda-feira), dia do meu descanso semanal, fui jantar com a família num restaurante que serve rodízio de massas e pizzas. Foi bom, pois nos divertimos e quebramos a rotina. Além disso, vejo o lado positivo de sair com a família, o que faço pouco. Essa foi a segunda vez que fomos ao mesmo restaurante em duas semanas. Percebi que o prato gostoso da semana anterior não tinha o mesmo sabor de ontem. Eu não pediria os mesmos ingredientes nos próximos quatro meses.
Voltamos para casa e comecei a pensar num homem que viveu há três mil anos (Salomão). Ele foi rei, e na sua velhice concluiu que nesse contexto de vida, tudo acaba sendo vaidade e correr atrás do vento. Ele teve tudo que uma pessoa em nossos dias gostaria de obter para encontrar a felicidade.
Aquele homem deu vazão aos seus desejos. Ele queria experimentar a alegria de viver, descobrir as coisas boas da vida! Mas acabou percebendo que aquilo que ele buscou era inútil. Seu riso virou loucura e sua alegria de nada valeu. Ele se entregou à bebida com extravagância; mesmo assim, achava-se sábio. Ele não queria perder tempo, pois a vida na terra é breve. Ele tinha grandes projetos: construiu casas e tinha grandes plantações. Fez jardins e pomares com todo tipo de árvore frutífera. Suas plantas estavam sempre verdes, pois construiu reservatórios que os irrigava. Ele tinha muitos empregados ao seu inteiro dispor. Era o maior fazendeiro já conhecido, era rico em jóias, shows musicais eram feitos para o seu deleite, tinha mulheres sem conta, pois para ele o sexo era a delícia dos homens. Em tudo isso ele se achava muito sábio. Tudo o que via e desejava, ele adquiria. Não se negou a nenhum prazer. Mas quando parou para fazer uma avaliação, ele viu que tudo era inútil, era como correr atrás do vento. Ele sentiu que nada daquilo teve o proveito esperado.
No final de sua reflexão ele chegou a uma boa conclusão: "Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem".
Passagens bíblicas: Ec 2.1-11; 12.13
Deus não divide sua glória com ninguém. Posso ser tentado a me exaltar quando experimento algo que vem do próprio Deus. Ele não aceita isso. Acredito que poucos experimentam muito do poder de Deus porque muitos estão cheios de poder próprio. Há muita gente falando em nome de Deus sem ter ouvido nada de Deus. Estão confundindo a voz interior com a voz superior, estão achando que sua vontade é a vontade de Deus. Há muita oratória e pouca glória, muita encenação e pouca unção. Não é de argumentos persuasivos que precisamos, mas da demonstração do poder de Deus. A Bíblia não precisa de um bom pregador apenas, mas de um portador que seja canal de Deus para falar ao povo no poder do Espírito Santo.
Preciso me desarmar, abrir mão de todas as minhas prerrogativas eclesiásticas, sociais, familiares, acadêmicas, econômicas, e depender exclusivamente de Deus. Enquanto eu não aprender que vale a pena deixar tudo de lado por causa do conhecimento de Cristo, sem nenhuma justiça própria, mas tão somente a justiça que vem da fé na graça de Deus, eu não saberei o que é poder de Deus. Já chegou o tempo de admitir de maneira incondicional que sem Jesus, eu não posso fazer coisa alguma. O que pode parecer ouro, na verdade será palha sem o poder de Deus, e não permanecerá.
Eu preciso e quero conhecer o poder da ressurreição de Cristo como nunca conheci, participar de seus sofrimentos e chegar entre os ressurretos de cabeça erguida. Espero não precisar de um espinho na carne para aprender que a graça de Deus me basta e que seu poder se aperfeiçoa em minha fraqueza. Não fraqueza de pecados, não fraqueza de frieza espiritual, mas a fraqueza de alguém que reconhece de forma plena a dependência total de Deus em sua vida e ministério. Dessa fraqueza não posso abrir mão, pois só assim o poder de Cristo repousará em mim e serei forte para a glória de Deus.
Passagens bíblicas: Is 42.8; Fp 3.1-11; Jo 15.5; 2 Co 12.1-10
Se você quiser trocar o pensamento da impossibilidade pelo pensamento da possibilidade, precisa mudar o seu modo de pensar. Vivemos num sistema oprimido e opressor. Há uma opressão cultural coletiva. Todas as estruturas de nossa sociedade estão contaminadas por um vírus que leva ao fracasso, seja na política, na economia, na educação, e em tudo o mais. Não devemos nos amoldar ao padrão deste mundo, mas transformar-nos pela renovação da nossa mente, para que sejamos capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2). Se mudarmos nossa maneira de pensar, poderemos mudar nossa maneira de agir. Isso trará mudanças em nós.
1. Tire da cabeça a idéia de que você está velho. Acredite que você pode conseguir o que almeja. Claro que estou levando em consideração sempre a dependência de Deus em tudo, mas é preciso acreditar e se empenhar, pois até uma tartaruga só vai para a frente se colocar a cabeça para fora. Sempre é possível mudar. Enquanto não desistir, você está no campo da possibilidade. Gosto da máxima que diz: "Um vencedor nunca desiste, e quem desiste nunca vence". Não deixe a idade desanimar você. Falo isso porque já estou quase completando 45 anos de idade e às vezes penso que já estou cansando. Lembre-se que Moisés tinha oitenta anos quando libertou e guiou o povo de Israel por quarenta anos no deserto.
2. Considere os pensamentos positivos. Um pensamento positivo pode superar muitos pensamentos negativos, se o pensamento positivo for alimentado. Pensamentos positivos geram esperança, que gera confiança e ações que provocam mudanças até então tidas como impossíveis. Pensamentos são como comida, você só os aceita se quiser. Não precisamos ter ou permitir que nossa mente se ocupe com pensamentos negativos, mas devemos cultivar, alimentar e desenvolver os pensamentos positivos.
3. Comece o dia pensando, falando, e agindo positivamente. Um excelente versículo bíblico para meditar no início de cada dia está no Salmo 118.24: "Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia". Considere estas passagens bíblicas:
* "...se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: 'Vá daqui para lá', e ele irá. Nada lhes será impossível" (Mt 17.20).
* "Tudo é possível àquele que crê" (Mc 9.23).
* "Pois nada é impossível para Deus" (Lc 1.37).
* "Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Rm 8.37).
* "Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento" (2 Co 2.14).
* "...ele (Jesus) é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles" (Hb 7.25).
4. Analise tudo o que ocupa a sua mente. Devemos ocupar a mente com o que é aceito por Deus. A Bíblia diz que devemos aprender a discernir o que é agradável ao Senhor (Ef 5.10). Analise o que ver na televisão e na internet, o que ler, suas conversas, e pergunte se tudo isso lhe aproxima mais de Deus, se lhe animam, se lhe ajudam a ser uma pessoa melhor, e se trazem emoções saudáveis. Cuidado com os pensadores da impossibilidade, eles estão em toda parte e tentam passar seus pensamentos de fracasso para quem lhes ouve.
5. Separe um dia da semana para descansar. Deus nos conhece completamente. Ele sabe que nenhum de nós consegue viver por muito tempo sem um descanso periódico. Até mesmo as máquinas precisam ser desligadas de vez em quando. Deus quer que você e eu tenhamos um dia da semana para descansar e cultivar com mais intensidade nossa vida espiritual. Não abra mão disso. Sei por experiência, que não é fácil fazer isso; principalmente quando você gosta do que faz. Parece que a gente se vicia nos afazeres diários e não consegue parar. Mas, a verdade é que precisamos disso.
6. Convença-se das possibilidades da vida. Mesmo quando a situação não for das melhores, diga como o apóstolo Paulo: "Tudo posso naquele (Cristo) que me fortalece" (Fp 4.13). A Bíblia diz: "...tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas" (Fp 4.8). Devemos não apenas pensar, mas repetir para nós mesmos até nos conversermos que podemos e somos pessoas da possibilidade. Já nos acostumamos tanto com o pensamento da impossibilidade, que falar para si mesmo que podemos vencer, conseguir, melhorar, conquistar, pode parecer hipocrisia, mas não é. A verdade é que somos o que pensamos, falamos e cremos.
7. Seja uma pessoa de oração. Ontem, quando voltava para casa depois de um culto muito abençoado, minha esposa me disse: "Fui tocada por Deus quando você orava depois da mensagem. Se você orar mais, Deus vai lhe usar muito". Isso me tocou, me emocionou e me motivou. Mas devo ressaltar aqui que nossas orações devem ser afirmativas e não negativas. Devo pedir, mas também agradecer em seguida por Deus me ouvir e responder. Quando oramos, tudo muda pra melhor, pois estamos entregando para Deus o controle de nossas vidas. A oração a Deus em nome de Jesus faz toda a diferença em todos os aspectos de nosso viver.
8. Faça um check-up pessoal. Faça um exame geral de seu estado de saúde pelo menos uma vez por ano. Ninguém vai além de seus limites se não tem saúde. Considere suas emoções. Muitas pessoas confundem seus valores, e até tomam decisões precipitadas, porque estavam passando por um período de estresse e confundiram isso com outras coisas. Veja sua qualidade de vida espiritual. A Bíblia tem a melhor mensagem para nos alimentar e nos fazer saudáveis para viver neste mundo e na eternidade.
Semana passada recebi um e-mail de minha caçula que está morando noutro estado, e nele ela cita um pensamento de Agostinho que acho ser oportuno para concluir esse artigo: "A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las".
"Venham e ouçam, todos vocês que temem a Deus; vou contar-lhes o que ele fez por mim" (Sl 66.16).
Todos nós temos experiências boas na vida, das quais lembramos com alegria. Algumas são inesquecíveis por marcarem tão profundamente as nossas vidas. Quero compartilhar a maior e melhor experiência da minha vida, quando tudo se tornou novo para mim.
1) Como era a minha vida antes de conhecer a Cristo. Todos temos uma formação religiosa. A minha foi muito vaga. A crença familiar não correspondia com o estilo de vida. Além disso fui criado vendo discriminação e rejeição, pois minha mãe era solteira, era a ovelha negra da família. Por isso, sofri conseqüências. O avô que me criou me passava uma certa segurança, mas ele morreu quando eu tinha oito anos. Tive um crescimento sem o tradicional ambiente de papai e mamãe em casa. Era muito melancólico e medroso, mas explodia de ira quando zangado. Minha segurança de fé eram as rezas que aprendi de tanto ouvir minha mãe rezar terços.
2) Como eu descobri que precisava de Cristo. Passei a visitar uma igreja evangélica com uma prima. Gostei e lá voltava com certa freqüência. A melancolia, o medo, o vazio interior que eu não sabia explicar, certamente contribuiram para me atrair ao evangelho. Mesmo sem entender muitas coisas, comecei a sentir desejos fortes por Deus e querer vivenciar algo novo em minha vida. A falta de estrutura familiar, a carência afetiva, a falta de perspectiva futura foram me mostrando que somente Deus poderia me ajudar. Eu tinha uma grande atração por imagens ou figuras de expressão religiosa. Naqueles dias as circunstâncias contribuiram para me atrair para Deus. Tive que ler uma passagem bíblica numa missa como tarefa escolar, e fui convidado por dois adolescentes vizinhos para ir aos cultos da igreja.
3) Como eu entreguei minha vida a Cristo. No dia 9 de julho de 1978, no final de uma tarde, quando terminava de participar de uma pelada de futebol com os colegas de rua, cheguei em casa e um forte desejo de ir àquela igreja tomou conta de meu coração. Convidei um primo que morava de frente de minha casa e fomos correndo pela rua, pois já estávamos atrasados para o culto daquela noite. Ao chegar ao portão do templo fiquei envergonhado de entrar, pois era muito tímido e a reunião já havia começado. Fui com meu primo para um circo que estava armado próximo da igreja. O desejo de ficar na igreja era tão grande que voltamos para o templo. Ali chegando uma moça simpática veio ao nosso encontro e nos convidou para entrar. No final da mensagem quando o pastor perguntou se alguém gostaria de entregar sua vida a Cristo, eu atendi e fui à frente com um outro moço que nunca mais o vi. O pastor orou por nós e fui recepcionado pelos jovens da igreja depois do culto. Eles me cercaram e de modo muito gentil e simpático já me convidaram para um retiro espiritual que aconteceria naqueles dias. Foi uma noite diferente.
4) A diferença que Cristo fez em minha vida. Fui para casa. O dia seguinte foi totalmente novo para mim. Comecei a perceber uma maneira diferente de falar. Os palavrões já não eram pronunciados como antes, o desejo de ler a Bíblia e participar com os outros irmãos na fé dos cultos da igreja me entusiasmava. Os sonhos que alimentava antes foram substituídos por um forte interesse de falar do evangelho para outras pessoas, e foi o que aconteceu não muito tempo depois. Comecei a visitar o presídio da cidade e a viajar pelos sítios e povoados juntamente com outros para realizar cultos de pregação das boas notícias do evangelho de Jesus Cristo. A melancolia e o vazio interior desapareceram. Eu tinha muito medo da morte e nenhuma certeza quanto a vida após a morte. Passei a não ter medo de defunto nem de vela acesa. A certeza do perdão dos meus pecados trouxe consigo a certeza de vida eterna por meio do sacrifício do Senhor Jesus Cristo na cruz do calvário e por sua ressurreição triunfante. A leitura pessoal da Bíblia, os estudos bíblicos na igreja, e a comunhão com os irmãos, foram fortalecendo a minha fé e me fazendo cada vez mais convicto da fé em Jesus. Mesmo sendo o único na família a mudar de fé, eles não podiam negar a visível mudança de minha vida. Meu estilo de vida mudou, não porque alguém me pressionou ou decretou essas mudanças, mas porque a nova vida que Deus me deu naturalmente me levou a não querer mais viver como vivia antes. Deus me deu uma nova vida.
Quatro anos depois fui para o seminário com minha esposa estudar teologia para trabalharmos de forma efetiva na causa do Reino de Deus. Sou pastor há 22 anos e estou tão animado como no primeiro dia.
Nem "toda nudez será castigada", pois quando Deus criou o homem e a mulher, os criou nus, para viverem nus. Enquanto no estado de inocência, ou seja, antes de pecarem, não sentiam vergonha um do outro, nem de Deus; mostrando assim que a vergonha da nudez é uma conseqüência direta do pecado. Depois disso, a nudez foi proibida por Deus, pois até mesmo os próprios humanos procuraram se vestir, indicando desse modo que a nudez dali para a frente já não seria natural, em razão da desobediência diante de Deus.
Mas, se Deus nos criou nus, para vivermos nus, é porque a nudez é bem mais ideal do que o estar vestido. Deus nos quer nus. O grande problema que temos para vivenciar esse ideal é o pecado. Sem o pecado, a nudez seria natural, ideal, original.
Não estou advogando em favor do nudismo, pois sei das implicações que isso tem. Mas quero observar que no ideal da nudez física, devemos cultivar a nudez moral, sentimental, enfim, devemos viver dando expressão real ao que somos. Estou me cansando de tantas vestimentas, de tantos apetrechos, de tantos ornamentos e enfeites usados para encobrir a nudez do que realmente somos. Quando será que voltaremos a viver nus, sem vergonha? Isso é possível entre os verdadeiros e íntimos, é natural entre os que se amam, entre os cônjuges. Nós não nos intimidamos em ficar nus com quem amamos e temos aliança. Vivamos nus, sem vergonha. A roupa nem será percebida, pois a verdadeira nudez a cobrirá.
Passagens bíblicas: Gn 2.25; 3.7-10, 21
Sempre achei que faço bom uso do tempo, mas ultimamente estou incomodado porque sinto que não consigo ajustar as coisas. Estou até tentando fazer mudanças bem práticas em minha agenda. Não para fazer mais coisas, mas para diminuir minhas atividades. Acho que uma pessoa organizada consegue fazer mais em menos tempo. Não posso viver cansado. Gosto do conceito de vida simples dado pelo David Kornfield: "Vida simples é uma vida não corrida nem complicada que dispõe de tempo e flexibilidade para desfrutar e estender o reino de Deus".
A Bíblia manda aproveitar ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Mas lidar sabiamente com o tempo é um desafio grande. O tempo acaba sendo quase um mistério. Gosto do comentário de Agostinho sobre o tempo.
O QUE É O TEMPO?
"Pois o que é o tempo? Quem é capaz de explicá-lo de maneira fácil e breve? Quem é que possui tanto poder mental a ponto de compreendê-lo e expressar-se com referência a ele? E, no entanto, que é que mais mencionamos em nossas conversas habituais com maior familiaridade e conhecimento do que o Tempo? E, por certo, o entendemos suficientemente bem quando falamos dele; entendemo-lo, também, quando em conversa com outra pessoa ouvimos referência a ele. Que é, pois, o Tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei o que é; mas se eu desejasse explicá-lo a alguém que me fizesse a pergunta, simplesmente não sou capaz" - Agostinho.
Nessa luta com os ajustes da vida, noto que o tempo não passa. Quem está passando sou eu. Preciso ser mais sábio e autêntico para fazer como Maria, a irmã de Marta. Ela não fez como sua irmã que ficou ocupada com muito serviço, gerando preocupação e inquietação. Ela, (Maria) entendeu que apenas uma coisa é necessária de fato, essa é a boa parte da vida, ninguém poderá tirá-la de nós. Essa boa parte é priorizar minha relação com Deus e seus interesses. Se eu fizer isso, tudo o mais me será acrescentado. Preciso ver mais a qualidade do que a quantidade, mais as pessoas do que as coisas.
Como já estou demorando aqui, vou concluir com as sábias palavras de Laurindo Rabelo:
"Deus pede estrita conta do meu tempo,
É forçoso desse tempo já dar conta,
Mas, oh! como dar em tempo tanta conta,
Eu que gastei sem conta tanto tempo.
Para ter minha conta feita a tempo,
Dado me foi bom tempo e não fiz conta,
Não quis, sobrando tempo, fazer conta
Hoje quero fazer conta e falta tempo.
Óh! vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis o vosso tempo em passatempo,
Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta.
Mas ah! se os que contam com esse tempo
Fizessem desse tempo alguma conta
Não chorariam sem conta o não ter tempo".
Deus nos ajude a ajustar as coisas para que vivamos com mais qualidade, superando a chamada "tirania do urgente", vivendo como gente, de forma inteligente.
Passagens bíblicas: Ef 5.16; Lc 10.38-42; Mt 6.33
"Mantenha-se o fogo continuamente aceso no altar; não deve ser apagado" (Lv 6.13).
Jesus disse: "Vim trazer fogo à terra, e como gostaria que já estivesse aceso!" (Lc 12.49). Os comentaristas se dividem quanto ao significado deste fogo, mas notáveis líderes na história da igreja o consideraram como uma referência ao ministério do Espírito Santo.
Pessoas cheias do fogo de Deus são atraentes. Dizem que Benjamin Franklin confessou que ia ouvir George Whitefield porque ele ardia. Quando estamos cheios do Espírito de Deus, uma chama queima dentro de nós. Um cristão (líder) insípido e sem inspiração está pecando.
Nenhum pregador deveria subir ao púlpito de uma igreja para falar de Deus sem paixão. Isso não deveria ser permitido. A pregação ungida contagia, atrai, motiva, pois fogo provoca fogo. Quando o Espírito Santo incendeia nossos corações, nossas palavras se tornam chamejantes.
A Bíblia diz: "Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor" (Rm 12.11). Quando estamos cheios do Espírito Santo, somos espiritualmente zelosos.
O Espírito Santo nos concede dons poderosos, mas temos responsabilidade pela continuidade do entusiasmo. Paulo disse a Timóteo: "Por essa razão, torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você..." (2 Tm 1.6). A melhor maneira de manter viva a chama de Deus é praticando o que temos e conhecemos da parte de Deus. Sabemos que a tendência do fogo é apagar-se e Deus não desperdiça suas chamas. Se não nos exercitarmos espiritualmente, a chama de Deus não pode arder em nós. Precisamos manter a chama continuamente acesa. Você está resplandecendo para Deus? Mesmo que a chama esteja oscilando em você, ela pode ser reavivada agora mesmo. O termo grego para chama em 2 Timóteo 1.6 fala do uso de foles para que o fogo que está se apagando volte a ser reavivado. Isto exige esforço de nossa parte.
Se a tendência do fogo é apagar-se, precisamos vigiar o fogo no altar de nosso coração. O compromisso da consagração deve ser constante. Somos nós que decidimos se iremos apagar ou reavivar a presença do Espírito Santo.
"Ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida" (Ef 5.29).
Esta semana já fiz cinco dias de caminhada seguidos. A impressão é que a barriguinha já diminuiu. É verdade ou apenas impressão? De qualquer maneira a sensação é de bem-estar, e isso é muito bom. Espero continuar me disciplinando para manter a caminhada. Se conseguir perseverar, darei uma recompensa para mim mesmo entrando numa academia no meio do ano.
Há quase trinta anos quando me tornei evangélico, ouvia com certa ênfase comentários depreciativos contra o corpo. Achava aquilo um tanto estranho, mas depois entendi que havia uma confusão na cabeça de algumas pessoas quanto a linguagem bíblica. É bem verdade que a Bíblia fala para não satisfazermos os desejos da carne, que devemos crucificá-la e refrear seus impulsos. Mas nada disso significa que devemos subestimar nosso corpo físico. Essa dicotomia entre corpo e espírito parece ser uma influência da filosofia grega e de algumas seitas que se infiltraram no Cristianismo primitivo. Quando a Bíblia nos manda combater a "carne", está fazendo referência à nossa natureza pecaminosa e não a matéria que cobre nosso esqueleto.
O corpo é bom. Quando Deus criou o mundo, viu que tudo havia ficado muito bom. Diga-se de passagem, que primeiro Deus criou o corpo, só depois criou a alma. Devemos valorizar nosso corpo pois ele é o templo do Espírito Santo e devemos glorificar a Deus nele.
É bem verdade que o exercício físico não tem o mesmo valor que o exercício espiritual, mas sua importância não pode ser subestimada, pois nossa vida é toda interligada. Cuidar de uma alimentação balanceada, fazer exercícios regulares, um checkup médico anual, levando as crianças a um pediatra, os homens consultando o seu urologista, aqueles que já têm mais de 40 anos fazendo um exame de próstata, os mais velhos indo ao geriatra, as mulheres consultando um ginecologista regularmente, fazendo periodicamente um exame de mamografia, é demonstração de amor próprio que atinge beneficamente a outros de nosso convívio.
Passagens bíblicas: Gl 5.16, 24; Cl 2.23; Gn 1.31; 2.7; 1 Co 6.19-20; 1 Tm 4.7-8
"O pecado sempre o leva mais longe do que você queria ir, o mantém mais longe de onde você queria estar e lhe custa mais caro do que você queria pagar" - Autor desconhecido.
Como é boa a crença inocente de que para tudo há um padrão. Isso gera a segurança de que a vida não vai desmoronar.
Mas como é triste experimentar que tudo pode acabar num instante. E aquela crença inocente passa a conviver com relativismos até então ausentes e ignorados.
Será que os absolutos não existem?
Será que os votos são aparentes?
Será que as emoções falam mais que a razão?
Será que Deus por um instante pode ser ignorado e tudo deixado de lado sem uma real justificação?
Parece até que nada é absoluto, apenas a absoluta certeza de que tudo pode acabar.
Veja também meu artigo: A mala.
"Só é duradouro aquilo que se renova cada dia".
Realmente Deus é bom para seu povo, para os que confiam no Senhor Jesus como Senhor e Salvador e são novas criaturas com um coração novo e limpo. Mesmo assim, eu quase me desviei; por pouco não me afastei da fé. O motivo é que tive inveja das pessoas que são prepotentes e orgulhosas. Elas não têm fé em Deus, mesmo assim são prósperas.
Essas pessoas não sofrem, têm um corpo saudável, bem "malhado" e forte, além de um excelente plano de saúde. Elas parecem não ter preocupação com nada e raramente adoecem. Por causa disso, exibem o orgulho como uma jóia e são pessoas violentas. Estão cheias de maldades; suas mentes estão voltadas para planos maus. Zombam dos outros e têm más intenções. São pessoas violentas e ameaçadoras. Zombam de Deus e querem ser donas da terra.
Esse tipo de gente é cercada de admiradores que lhe são fiéis seguidores. Eles acham que Deus não pode fazer nada contra eles. Pensam até mesmo que Deus não percebe nada do que acontece na terra. Com essa vida "tranqüila" essas pessoas parecem prosperar cada vez mais sem nenhum impedimento.
Cheguei a pensar que a confiança em Deus, ter uma vida íntegra e fiel não valiam nada, pois os problemas me afligiam constantemente. Mas ainda bem que não falei nada disso pra ninguém. Não foi nada fácil querer entender a razão das pessoas más viverem tão bem, enquanto as que são fiéis a Deus terem uma vida tão simples e sofrida entre a maioria dos crentes.
Mas um dia tudo ficou muito claro para mim, com respeito ao destino das pessoas perversas e incrédulas. Compreendi isso quando tive um tempo devocional com Deus. Entendi que essas pessoas vivem por um fio. Deus as tem colocado na beira de um abismo muito escorregadio. E, por mais que pareçam imunes e intocáveis, cada passo que dão estão entrando nesse abismo sem fundo. Chegará o dia quando vão cair de repente, e o pavor tomará conta de suas vidas para sempre. Essas pessoas são como um sonho que logo passa. Quando Deus se levantar contra elas, vão desaparecer num momento.
Somente agora vejo que a minha inveja dos ímpios e meus pensamentos de que não valia a pena ser um crente fiel, era pura ignorância. Eu estava raciocinando como um animal, pois Deus nunca me deixou, e mesmo naqueles momentos difíceis, ele segurava minha mão direita. Ele nunca deixou de me orientar e no final de minha vida me dará honras.
Agora eu posso dizer ao Senhor: Tu és tudo o que tenho no céu. E na terra, eu não desejo nada além de andar em comunhão contigo.
Eu sei que o meu corpo se enfraquece devido ao processo da vida e que poderei ter crises e tentações, mas nada me fará esquecer que o Senhor é a minha força e a minha herança para sempre.
Os que abandonam a Deus estarão perdidos para sempre. Mas para mim, nada é melhor do que andar com Deus; definitivamente Deus é o meu refúgio seguro; vou falar disso para as pessoas ao meu redor.
Leitura bíblica: Salmos 73.
1) Por que temos saudades do futuro e queremos viver o passado? Será falta de identidade ou uma demonstração de que nada nos preenche plenamente nesta vida?
2) Por que queremos esquecer o passado e temos medo do futuro? Será um sinal que coisas do passado precisam ser tratadas para que possamos nos preparar para o futuro?
3) Por que os amigos virtuais parecem mais reais que os amigos da convivência? Será a facilidade de dizer sem ver, quando o que vemos dificulta o que dizer?
4) Por que as amizades que pareciam plantadas em terreno firme não passam de terra de telhado? Será falta de transparência e compromisso mútuo?
Será que alguém que recebeu do próprio Deus a afirmação de que em toda a terra não havia ninguém como ele, irrepreensível, íntegro, temente a Deus, que evitava o mal, que tinha a amizade de Deus abençoando a sua casa, e que mesmo assim chegou a amaldiçoar o dia do seu nascimento? Ou seja, preferia não ter nascido ou viver era um peso!? Jó, viveu essa experiência. Ninguém está isento do dia mau.
Hoje não cheguei a tanto, mas foi um daqueles dias maus, onde tive que mais uma vez domar a fera interior. Às vezes as circunstâncias e os relacionamentos nos querem frustrar. Gosto de dizer que precisamos ter reservas emocionais, morais, espirituais, quando tudo vai bem, para que quando tudo for mau, possamos superar. Quando se aproximava a morte de Jesus ele disse para os discípulos que eles o abandonariam e ele ficaria sozinho, mas não estava sozinho, pois o Pai estava com ele. É o consolo que tenho hoje, mesmo me sentindo sozinho, tenho o Pai comigo. Isso me basta nesse momento.
Textos bíblicos: Jó 1.8; 3.1; 29.4; Ef 6.13; Gn 4.6-7; Jo 16.32
Este blog tem alegrado muito o meu coração. Principalmente pelas amizades que tenho feito através dele e por saber que muitas pessoas têm sido abençoadas por seu conteúdo. Tenho recebido e-mails testemunhando isso. Deus abençoe você!
Uma vez li que setenta por cento do que as mulheres querem dizer, elas transmitem pelos olhos. Acho que devemos olhar mais nos olhos das pessoas quando conversamos. Alguns não conseguem fazer isso e revelam muito de si mesmos com essa atitude. Se alguém não consegue olhar nos olhos de outrem enquanto dialoga pode estar escondendo alguma coisa, mostrando complexo de inferioridade, ou uma outra coisa que precisa ser revelada.
Os olhos são a lâmpada do corpo. Nossos olhos revelam se estamos cheios do bem ou cheios do mal. Um olhar pode penetrar tão fundo que nenhum palavra atingiria tal profundidade.
Pouco antes da prisão de Jesus para ser crucificado, Pedro e os demais apóstolos prometeram jamais negá-lo. Mas não foi o que aconteceu. Pedro o negou seguidamente. Na terceira vez Jesus olhou diretamente para ele. Com esse olhar, Pedro lembrou da conversa onde isso tinha sido tratado, saiu dali, e chorou amargamente.
Gosto das palavras atribuídas a Nietzsche: "Será que não percebes que o que amam em ti é o brilho de eternidade em teu olhar?". O que você e eu estamos transmitindo com o olhar? Vida ou morte? Estão vendo o brilho de eternidade em nosso olhar?
Textos bíblicos: Mateus 6.22-23; Lucas 22.54-62
O feminismo surgido na década de 60 foi nada mais que um machismo ao contrário. O feminismo é uma reação ao machismo. Jesus veio para acabar com todo tipo de segregação (Gl 3.28). Devemos ser contrários ao machismo, mas igualmente não há lugar para o feminismo, pois a imagem de Deus está tanto no homem como na mulher (Gn 1.26-27).
Deus chamou o primeiro casal de Homem, literalmente Adão (Gn 5.2). Deus deu ao homem a responsabilidade de responder diante dele (Gn 3.8-9), mas Deus também fala com a mulher (Gn 3.13); ela também tem voz e direito a palavra desde a criação, pois o mundo não é dos homens, mas dos humanos e isso inclui a mulher diretamente.
A mulher tem a mesma capacidade moral do homem. Grande parte dos problemas sofridos por ela, é porque o homem não reconhece sua idoneidade.
Quando Deus traçou o plano da redenção humana, ele envolveu a mulher no processo. Por toda a Bíblioa isso é mostrado. Veja Gn 3.15; Lc 1.28-30, 42; Gl 4.4).
Se o Verbo (a Palavra) se fez carne no ventre da mulher (Maria), então, o verbo (a palavra), não pode ser negada àquela que concebeu a Palavra (Jesus) entre os homens. A mulher estava sempre presente no ministério de Jesus. Os maiores problemas enfrentados pela mulher não são bíblicos, mas culturais e institucionais.
Que esse dia sirva para confessarmos como homens a nossa continuada discriminação contra a mulher. Que tomemos novas atitudes como pais, maridos, patrões... em favor da mulher, que não precisa de dó, mãozinha ou clemência. Ela precisa ser apenas ela mesma - mulher.
Estou um tanto melancólico enquanto escrevo. Algumas experiências nas últimas 24 horas têm contribuído para isso, acredito. Não preciso mencioná-las aqui, mas três palavras resumem o que estou sentindo.
Convicção. Gosto de um comentário de Howard Hendricks: "Uma crença é algo que você defende. Uma convicção é algo que você dá a vida por ela". A convicção motiva a gente a viver. Sem convicção somos frágeis e caimos facilmente. As experiências desagradáveis não me afogam no desânimo por causa das convicções que tenho quanto a vontade de Deus (Gl 1.10).
Caráter. Antes da competência profissional, dos dons espirituais e da capacidade acadêmica, deve estar o caráter. Sem caráter não há competência. É interessante observar que praticamente todas as qualidades exigidas na Bíblia para alguém ser líder na igreja, são morais e não acadêmicas. Veja o capítulo 3 da primeira carta de Paulo a Timóteo.
Tolerância. Não abro mão de minhas convicções e coloco o caráter no topo da lista na identidade de uma pessoa, mas não posso esquecer a bondade e a tolerância. O amor é paciente e a verdade deve ser seguida em amor (1 Co 13.4; Ef 4.15). O que fazer então? O desafio é saber conciliar convicção, caráter e tolerância, não apenas em minha vida, mas também na relação com as pessoas. Você está começando a entender a razão de minha melancolia?
Outro dia chamou-me a atenção a descoberta casual de um site que mostra um programa que parece mapear a geografia do mundo nos seus detalhes. Com a movimentação do mouse foi possível andar pela minha cidade saindo de um bairro para outro com muita facilidade, localizando o que desejava ver. Também podia sair de uma cidade para outra em segundos. Isso se aplica para todo o mundo. A visão global foi tamanha, que me deu uma sensação ruim, pois comecei a pensar que estamos sendo vigiados por algumas pessoas muito além do que imaginamos. Até acredito que chegará o tempo quando estaremos completamente nus para o sistema no qual vivemos inseridos. Isso de certa forma já acontece. Prova disso é que em quase todo estabelecimento comercial tem uma câmera nos espiando. Outro dia estava no colégio de minha filha para conseguir um documento, e somente depois de um bom tempo no local onde esperava ser atendido é que percebi no alto de um portão um desses olhos mágicos girando de um lado para o outro. No centro da cidade em que moro, foram instaladas recentemente algumas dessas máquinas em locais estratégicos. A população sempre reage de modos diferentes. Algumas pessoas se sentem invadidas em sua privacidade, enquanto outras se sentem seguras, pelo fato de estarem sendo monitoradas a partir de uma central.
O melhor de tudo isso, é que podemos tirar uma aplicação espiritual excelente para nossas vidas. Estamos na presença de Deus permanentemente. Ele vê nosso passado, presente e futuro com toda a nitidez que possamos imaginar. Nas palavras de Edward Young: "Deus vê o amanhã mais claramente que nós vemos o ontem. Deixem que ele nos dirija". A Bíblia diz que Deus nos conhece nos mínimos detalhes (Sl 139). Ele nos envolve completamente, e é para os que nele confiam um muro de fogo (Zc 2.5). Ele toma as nossas dores como quem é ferido nos olhos (Zc 2.8). Deus é onipresente, ele está presente em todo lugar, perto de tudo e bem junto de todos (At 17.26-28). Imagine o universo como um pequeno círculo onde você se encontra em seu meio. Deus é o ambiente desse círculo e eternamente mais, ou seja, Deus é o nosso ambiente, assim como a água do mar é o ambiente dos peixes e o ar é o ambiente dos pássaros. Hildeberk de Lavardim escreveu: "Deus está sobre todas as cousas, sob todas as cousas, fora de todas as cousas, dentro mas não enclausurado; fora mas não excluído; acima, mas não levantado; embaixo, mas não deprimido; inteiramente acima, presidindo; totalmente abaixo, sustentando; totalmente por dentro, preenchendo" [1].
A Bíblia diz que o justo vive seguro pela fé (Rm 1.17) na promessa de que Deus não nos abandona em tempo algum (Hb 13.5). Não entendemos muitas coisas, e nem precisamos entender tudo. Assim como uma mulher grávida não precisa cursar medicina para ter um parto, e sim confiar na equipe médica, igualmente nós não entendemos tudo, mas confiamos em Deus que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos (1 Tm 6.17).
Viva no círculo da presença de Deus e não tema o que lhe possa acontecer, pois nada é casual. Aquilo que parece acaso aos homens, na verdade faz parte dos decretos de Deus. Ele trabalha para nós (Is 64.4), pois nos ama incondicionalmente. Ele está conosco todos os dias (Mt 28.20), e estaremos com ele para sempre (1 Ts 4.17). A Bíblia diz que Jesus foi preparar um lugar para essa convivência eterna (Jo 14.1-3). Sempre gostamos de ficar perto de quem amamos e quem nos ama também nos quer perto. Não é diferente com Deus. Se tudo isso lhe parece muito subjetivo, é porque viver com Deus é não depender do que se ver (2 Co 5.7). Entre na roda da presença de Deus.
[1] Mais perto de Deus - A. W. Tozer (Editora Mundo Cristão, pág. 90).
"Quem se isola busca interesses egoístas e se rebela contra a sensatez" (Pv 18.1).
Os amigos são como esteiras rolantes. Eles nos dão a sensação de andarmos melhor, de avançarmos mais rápidos, de vencermos os obstáculos com mais facilidade, de nos alegrarmos com mais freqüência, de nos sentirmos amados e lembrados, mesmo que esses amigos estejam além-mar.
Tenho me alegrado e sido edificado através de pessoas amigas. Elas têm compartilhado comigo o que sabem, têm sido carinhosos, sinceros, autênticos, leais, pacientes... Tenho aprendido que a distância ou a proximidade, é mais do que uma questão geográfica. Nunca houve tanta solidão como em nossos dias, mesmo que as pessoas vivam em grandes aglomerações. Isso porque a comunhão ou a solidão podem ou não acontecer com pessoas que estão próximas ou distantes de nós fisicamente.
Vamos cultivar novas amizades e zelar dos amigos que temos, pois no final de nossas vidas, veremos nosso bem maior foram os relacionamentos. A Bíblia diz que a solidão é um absurdo, mas que é uma bênção ter amigos (Ec 4.7-12).
Hoje levantei-me pensando nas dificuldades que estou enfrentando e os desafios que estão diante de mim. Noutro tempo eu estaria de cabeça inchada. Tenho aprendido que isso não funciona. Então, não me deixo mais abater por circunstâncias difíceis. Isso não significa que fico indiferentemente irresponsável ante a realidade da vida. O que quero dizer mesmo é que procuro ficar acima da tempestade, pois ficando abaixo, serei levado pelo redemoinho que a envolve.
Se você já conhece esse blog, sabe que a Bíblia é referencial padrão. Estou sempre citando a Bíblia, pois é nela que me inspiro e nela creio como Palavra de Deus. Todos nós fazemos bem em assim proceder. Pois bem, a Bíblia diz que se você vacila no dia da dificuldade, a sua força é muito limitada (Pv 24.10).
Sem levar em conta a maneira irônica como falou, a palavra de Elifaz ao amigo Jó em meio ao sofrimento, é muito interessante: "Se alguém se aventurar a dizer-lhe uma palavra, você ficará impaciente? [...] Pense bem! Você ensinou a tantos; fortaleceu mãos fracas. Suas palavras davam firmeza aos que tropeçavam; você fortaleceu joelhos vacilantes. Mas agora que se vê em dificuldade, você desanima; quando você é atingido, fica prostrado. Sua vida piedosa não lhe inspira confiança?" (Jó 4.2-6).
Veja bem essa última expressão: "Sua vida piedosa não lhe inspira confiança?". Onde você encontra forças quando tudo parece contrário? Você teme a Deus? Confia nele? Então, quando as dificuldades nos cercam devemos dizer como o salmista: "Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus" (Sl 42.11). Jesus disse: "Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo" (Jo 16.33).
Os que no passado venceram pela fé em Deus, "tiraram força da fraqueza" (Hb 11.34). Então, é isso também que devemos fazer. C. H. Spurgeon dizia: "Se formos fracos em nossa comunhão com Deus, seremos fracos em tudo". Digamos como o apóstolo Paulo: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13). É uma pena que esse versículo tem sido usado fora de seu contexto. Ele não fala de um poder triunfalista e esnobador, mas quer dizer que em qualquer situação, seja na fartura ou na necessidade, bem-sucedido ou com fome, tendo muito ou pouco, podemos passar por tudo isso contentes no Senhor que nos fortalece.
Vamos reagir. Vamos mostrar nossa resistência com humildade, esperando no Senhor, mas jamais entregues a sorte.
Harry, o filho mais novo da princesa Diana e do príncipe Charles, será enviado ao Iraque. Harry vai chefiar um pelotão de reconhecimento. Ele é o terceiro na linha de sucessão ao trono britânico. Tem 22 anos e há quatro está no Exército.
Como cristãos, somos filhos de Deus, herdeiros e co-herdeiros com Cristo. Somos embaixadores de Cristo. Mas não podemos jamais esquecer que somos soldados de Cristo. E como soldados, devemos ter cuidados constantes com qualquer envolvimento que desagrade ao nosso Comandante maior, o Senhor Jesus Cristo. Devemos usar toda a armadura de Deus, para que possamos resistir no dia mau, e permanecer inabaláveis, depois de termos feito tudo. Se o príncipe vai para a guerra defender o seu país, o soldado cristão não pode se omitir em defender os interesses do Reino de Deus.
Referências bíblicas: Rm 8.17; 2 Co 5.20; 2 Tm 2.3-4; Ef 6.10-20
"Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro" (Sl 119.97).
Leio a Bíblia há quase trinta anos. Ela continua sempre atraente para mim. Estou sempre extraindo coisas novas de suas páginas. Ela é viva e eficaz em meu viver. Não estou escrevendo para defender a Bíblia, ela não precisa de defensores, pois sabe se defender muito bem. Escrevo para expressar minha alegria de tê-la como fonte de alimento espiritual, pois como disse Jesus: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4.4).
Qual é a sua maior necessidade? Dinheiro? Saúde? Fama? Poder? Sexo? Jesus recebeu certa noite uma visita ilustre. Tratava-se de Nicodemos. Ele fazia parte da mais zelosa denominação judaica. Ele era uma autoridade entre os judeus. Ele cumprimentou Jesus reconhecendo sua singularidade. Quando ele termina de falar, Jesus lhe disse que ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo. Ele não entendeu as palavras do Mestre, mas ele lhe deu maiores detalhes e chegou a lhe falar: "Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo". Nessa mesma conversa é dito que "Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito (Jesus), para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". Diz ainda que "...Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus". O último versículo dessa passagem bíblica diz: "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele". Portanto, sua maior necessidade é nascer de novo.
Alguém pode perguntar: "Mas, o que é nascer de novo?. Ou, onde estão as pessoas que precisam nascer de novo?". Quero responder a segunda pergunta primeiro. As pessoas que precisam nascer de novo estão em toda parte. Todos os que se julgam bons e todos os que são considerados maus, precisam igualmente nascer de novo. Lembre-se da palavra de Jesus ao líder judeu: Ele disse para que não ficasse surpreso pois é necessário nascer de novo. Por isso podemos concluir que as pessoas que precisam nascer de novo estão longe da igreja, mas também estão dentro da igreja. Um conceituado missionário disse uma vez que "a igreja está cheia de pessoas vazias". É verdade. Só Deus sabe realmente quem já nasceu de novo, mas as evidências bíblicas de alguém que já experimentou o novo nascimento parecem menos visíveis na vida daqueles que estão dentro das igrejas.
Um boa maneira de saber o que é uma coisa, é saber o que ela não é. Por isso vou dizer primeiro o que não é novo nascimento e terminaremos dizendo o que é.
O QUE NÃO É NOVO NASCIMENTO:
1º) Não é reforma moral. Muitas pessoas conseguem fazer grandes mudanças positivas em suas vidas através de decisões, no desejo de melhorarem a conduta reprovável em que viviam. Deixam vícios, criam novos hábitos e se relacionam melhor com a família e amigos. Isso é bom, mas não é novo nascimento;
2º) Não é pensamento positivo. Hoje, os livros mais vendidos no mercado são aqueles que ensinam sobre pensamento positivo. Muitos deles trazem bons conselhos e motivam os leitores para uma vida melhor. Mas isso também não é novo nascimento;
3º) Não é ser batizado. Multidões acreditam que o batismo as torna filhos de Deus. Isso não é verdade. Se o batismo fosse o mesmo que novo nascimento, promoveríamos diariamente grandes batismos para que as pessoas pudessem nascer de novo, mas não é assim que funciona;
4º) Não é freqüentar uma igreja. Mudar de religião ou passar a participar de uma igreja evangélica não faz ninguém nascer de novo. Muitos que estão nos templos cristãos semanalmente não têm nenhuma relação com Deus, não sabem o que é novo nascimento;
5º) Não é filantropia. Muitos são caridosos em ajudar o próximo com a intenção de criar crédito diante de Deus, ou mais especificamente terem os seus pecados perdoados. Ajudar o próximo é sempre bom, mas isso não faz ninguém nascer de novo.
Poderia mencionar muitas outras coisas que têm levado as pessoas a pensarem que tais práticas lhes tornam filhos de Deus, perdoam seus pecados e as levam para o céu. Puro engano, pois o novo nascimento é bem diferente do que muitos têm crido e ensinado.
O QUE É NOVO NASCIMENTO?
De maneira objetiva e precisa, pode-se dizer que o novo nascimento é um ato secreto e soberano de Deus pelo qual ele concede nova vida espiritual às pessoas que crêem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas.
O novo nascimento é um ato soberano de Deus, mas isso não isenta a conversão de nossas vidas, que é nossa resposta voluntária ao evangelho de Jesus.
1º) O novo nascimento requer arrependimento e fé. Cada um de nós deve reconhecer que é pecador perdido em seus pecados sem nenhum mérito diante de Deus, e confiar na bondade de Deus, recebendo pela fé a dádiva de Deus na pessoa de seu Filho Jesus Cristo que morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou para dar vida eterna aos que nele confiam;
2º) O novo nascimento nos dá uma nova vida. O novo nascimento nos torna novas pessoas. As coisas antigas já não contam mais, pois novas coisas começam em nossas vidas.
Com o novo nascimento nossa relação com Deus muda completamente, pois passamos a amá-lo de todo o nosso coração, força, alma e entendimento; passamos a ter a certeza da vida eterna; O Espírito Santo de Deus passa a habitar em nós, possibilitando-nos viver no padrão de vida que Deus estabeleceu para que nela vivamos; começamos a ter uma vida de oração; a Bíblia se torna o nosso livro por excelência, pois é a Palavra de Deus; amamos e perdoamos as pessoas; fazemos boas obras não como meio de salvação, mas como resultado da salvação; somos batizados como testemunho público de uma mudança interna; freqüentamos a igreja como a nossa nova família espiritual. Muitas outras bênçãos recebemos quando nascemos de novo.
Você pode nascer de novo hoje mesmo, porque agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.
Referências bíblicas: Mc 1.15; 12.30; Lc 18.9-14; Jo 1.12; 3.1-18, 36; 5.24; Rm 3.23; 6.23; 2 Co 6.1-2; Ef 2.8-10; 1 Jo 1.9
Estou aproveitando meus últimos dias de férias. Uma das coisas que tenho feito é assistir filmes. Acabei de ver com minha esposa e filha "A luta pela esperança". Gostei. "Jim Braddock (Russell Crowe) era considerado um prodígio do boxe, mas foi obrigado a se aposentar prematuramente devido a uma série de derrotas no ringue. Com os Estados Unidos em meio à Grande Depressão, Jim aceita viver de bicos para poder sustentar sua esposa, Mae (Renée Zellweger), e os filhos. Jim sempre sonhou com a oportunidade de retornar ao mundo do boxe e tem sua chance quando, devido a um cancelamento de última hora, é escalado para enfrentar o 2º pugilista na disputa do título mundial. Para surpresa de todos Jim vence três lutas consecutivas, mesmo sendo bem mais magro que seus oponentes e tendo ferimentos nas mãos. Ele passa então a ganhar o apelido de "Cinderella Man" e se torna o símbolo de esperança dos desprivilegiados da época. Até que precisa enfrentar seu pior oponente: Max Baer (Craig Bierko), o atual campeão mundial dos pesos pesados, que já matou dois lutadores no ringue". Jim venceu àquele que parecia ser imbatível.
Nunca devemos subestimar a capacidade das pessoas, pois cada um de nós é capaz de fazer coisas inimagináveis, principalmente se confiarmos em Deus. Leia Hebreus 11 e considere uma galeria de heróis que venceram pela fé no poder de Deus.
Fomos criados para viver em sociedade, na coletividade, no aconchego uns dos outros. Ninguém foi feito para viver sozinho, isso é um absurdo que só frustra quem assim vive. Tudo Deus achou bom na criação, menos a solidão da criatura feita à sua semelhança. Deus não é solitário, Ele é eternamente uma trindade - Pai, Filho e Espírito Santo. Deus é feliz, e tenho certeza que Ele mesmo não existiria sozinho.
Precisamos uns dos outros. Quando Deus viu o primeiro homem (Adão) sozinho, Ele não disse: "Aqui estou para ser seu companheiro". Ao invés disso, ele criou alguém semelhante ao homem, criou a mulher (Eva).
Acima de tudo dependemos e precisamos de Deus sempre, mas no cotidiano da vida, muitas vezes ninguém pode nos ajudar a não ser a esposa ou o marido. Noutras ocasiões não é do cônjuge que precisamos, mas de uma pessoa amiga. Assim, poderíamos fazer uma relação de pessoas que nos fazem bem nessa vida. Somente aquela pessoa específica, no momento exato, pode nos ajudar - pai, mãe, filho, amigo, cônjuge, pastor, médico, patrão, vizinho, avó ou avô e assim por diante.
De quem você precisa exatamente agora? Com quem você pode contar? Não existe nada mais absurdo que uma pessoa solitária. Infelizmente muitos estão vivendo exatamente assim. Reaja. Relacione-se. Cultive bons relacionamentos na família, na vizinhança, na igreja, no trabalho, na escola...
Se não soubermos conviver com quem está perto de nós, nem mesmo Deus pode nos ajudar.
Hoje pela manhã acompanhei pela televisão o final da partida de volei de praia entre a dupla brasileira Márcio e Fábio Luiz e os americanos Todd Rogers e Phil Dalhausser. Os brasileiros venceram por 2 sets a 0. O jogo aconteceu na praia de Ipanema no Rio de Janeiro.
Todd Rogers é chamado de deus da praia americana, e Fábio Luiz é conhecido como o rei da praia brasileira. Por isso esse jogo foi chamado de desafio dos reis.
Vibrei quando no final da partida ouvi Márcio dizendo para um repórter: "O Reis dos reis é o Senhor Jesus Cristo". De fato a Bíblia diz que Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). É uma pena que poucos reconhecem isso, para ruína de si mesmos, pois todo joelho deve se dobrar, nos céus, na terra e debaixo da terra ao nome de Jesus, e toda língua deve confessar que ele é o Senhor para a glória de Deus Pai (Fp 2.9-10).
Estou no alto de um prédio, numa pequena sala com janelas grandes e transparentes, enquanto escrevo. Estou na cidade onde fiz teologia com minha esposa, vivendo os últimos dias com nossa caçula que ficará para estudar. Esse hiato nos fará sofrer de saudades, mas entendo e aceito que esse é o processo da vida.
Há mais de vinte anos morei aqui. Hoje, passo por aqui para deixar quem faz parte de mim para continuar se expandindo no sonho de sempre crescer. Lembro-me das palavras de minha esposa no culto de despedida de nossa caçula: "você sempre gostou de dançar, por que agora quer voar?".
Esse é o processo da vida. A gente vem e vai. Nasce, cresce, casa, gera, vive, morre, e entra na vida que jamais acaba. Criei um acróstico para minha esposa: ETAPAS, que significa: Eu Te Amo Para Sempre. A vida é feita de etapas e elas devem ser bem aproveitadas. Desde ontem tenho conversado muito com minha caçula. Tem sido um tempo muito bom.
A vida passa, nós passamos, tudo passa. Mas, que enquanto passamos, deixemos marcas, façamos história, sejamos bênçãos, vivamos plenamente a vida que Deus nos deu. Jesus é a vida. Somente com ele e nele podemos viver abundantemente.
Agradeço a todos que têm visitado meu blog. Tenho escrito menos nesses dias porque estou viajando. Agradeço sua compreensão e em breve voltarei a expressar meus "achos". Mesmo em viagem, escreverei quanto me for possível.
No dia 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Matinho Lutero afixou, na Abadia de Wittemberg, 95 teses em que desafiava a Igreja Católica a debater sobre a venda de indulgências. O fato desencadeou o que mais tarde seria conhecido como a Reforma Protestante, movimento que marcou a história da humanidade.
A palavra entreter significa prender a atenção, distrair, divertir". Vem do latim, e basicamente quer dizer "estar entre" ou "deter". É assim que vive nossa sociedade, embriagada com os divertimentos que esse mundo oferece. O entretenimento é como um deus que dá a alegria efêmera que esse mundo não tem da parte do verdadeiro Deus, criador dos céus e da terra. O vazio interior que as pessoas têm, exige uma constante busca de distrações no afã de preencher o oco interior da alma. Um dos mais populares divertimentos do mundo eletrônico do momento é o BBB - Big Brother Brasil que já está em sua sétima edição.
Tornei-me cristão evangélico com 16 anos de idade. Naqueles dias turbulentos da adolescência cheguei a ter três sonhos: ser piloto de avião, ser cantor popular, e mecânico de automóveis. Mas, tudo mudou quando tive a experiência do novo nascimento espiritual, ou como diz a Bíblia, quando nasci de novo. Desde então, tudo mudou. Meu desejo era servir a Deus com alegria. Em poucos meses já pregava mensagens da Bíblia nos cultos da igreja, viajava com os jovens para sítios e fazendas para anunciar com entusiasmo a mensagem do Evangelho. Sempre que fazia apelos para os ouvintes entregarem suas vidas a Jesus, eu via as pessoas atendendo positivamente à mensagem de Jesus. Tornei-me professor de Escola Bíblica Dominical, e líder de jovens. Depois de quase trinta anos, minha alegria em viver para Jesus não diminuiu, pelo contrário, mais do que nunca antes sei que disso depende a minha vida, aqui e na eternidade.
Sábado passado celebrei um casamento (o terceiro nesses últimos dois meses). A mensagem que transmiti para os noivos foi sobre a importância da herança que Deus nos dá. Quando o povo de Deus entrou na terra prometida de Canaã, cada tribo, cada família, recebeu a sua herança. Os espaços eram devidamente demarcados e ninguém deveria alterar as divisas feitas, sob pena de receberem o justo juízo de Deus.
Hoje pela manhã tive um tempo abençoado com dois colegas do ministério cristão. Nosso tempo devocional com a Bíblia foi "coincidentemente" sobre herança. O povo de Israel já dentro da terra conquistada, foi repreendido por negligenciar a posse da herança.
Tudo isso tem me feito pensar na bela herança que tenho juntamente com todos que crêem no Senhor Jesus Cristo como Salvador de suas vidas. Poderia fazer uma grande lista de tudo que envolve essa herança, como minha esposa, minhas filhas, a preciosa igreja do Senhor comprada com o sangue de Jesus derramado na cruz e que tenho o privilégio de pastorear, os amigos, o céu prometido por Jesus, a Bíblia, o Espírito Santo, e tantas outras realidades maravilhosas. Eu sou uma pessoa muito abençoada.
Falando assim até pode parecer que não tenho lutas e dificuldades. Não é verdade. Agora mesmo, enquanto escrevo este artigo, estou com uma lista de desafios e problemas para serem enfrentados, compromissos que preciso assumir e resolver. Mas nem por isso desanimo. A Bíblia diz que somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Isso é tudo para mim. Não há herança maior nem melhor do que essa. Quando Davi disse: "O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta", ele não estava livre de dificuldades. Davi foi procurado para ser morto pelo rei Saul e todo o seu exército para ser morto, mas ele sempre tinha um salmo de louvor a Deus, pois sua bela herança não dependia das circunstâncias, nem de seus sentimentos. Ele tinha no próprio Deus a sua herança. Que assim também seja sempre comigo e com você. Ainda que tudo pareça falhar, que nossa alegria esteja no Senhor.
Referências bíblicas: Jo 3.3-7; Sl 100.2; Dt 19.14; Os 5.10; Js 18.3; Sl 16.6; Pv 18.22; Sl 127; At 20.28; Pv 27.17; Rm 8.17; Sl 23.1; Hc 3.17-19
As metades são às vezes perigosas, pois nos põem em dupla realidade, o antes e o depois. Muitos casais se separam na metade do casamento, por ocasião da saída dos filhos de casa. Um trabalhador não consegue agradar a dois patrões ao mesmo tempo, pois se dedicará mais a um do que ao outro, ou acabará odiando um dos dois. Se alguém quiser construir deve primeiro calcular as despesas, para evitar de deixar a obra pela metade e passar vergonha diante dos que olharem para a obra.
Neemias, um excelente administrador em Israel nos tempos bíblicos, conseguiu motivar o povo a reconstruir o muro da cidade de Jerusalém depois de anos destruído. O povo se dedicou na construção e a concluiu em 52 dias. Mas, por ocasião da metade da obra o povo desanimou.
Cuidado com as metades em sua vida, pois é exatamente nesses momentos que somos tentados a desistir. Quem nunca sentiu vontade de desistir de pintar uma parede quando ela está pela metade; ou desistir de uma viagem no meio do caminho; ou desistir de um curso, deixando-o pela metade?
Eu tenho uma prima que dizia muitas vezes que "todo começo são flores". Muitos são animados quando começam alguma coisa, mas tendem a desanimar quando estão na metade. Se algo não merece continuidade fazemos bem em desistir. Mas tenhamos cuidado para não desistir de algo pela metade por falta de perseverança, paciência ou objetividade. Tenhamos cuidado para não desistir das pessoas porque achamos que não tem mais jeito, pois talvez estejamos na metade do processo e não no final. Muitos não vencem na vida porque desistem pela metade. Um vencedor sempre vai até o fim e não apenas até a metade.
Referências bíblicas: Mt 6.24; Lc 14.28-30; Ne 6.15; 4.6-15
Dia 11 de fevereiro próximo, os portugueses irão às urnas para decidirem sobre o aborto. O que quero destacar aqui é iniciativa de muitos cristãos portugueses em protestarem contra o aborto. Tenho visto muitos blogs tomando posição bíblica e corajosa em favor da vida. Parabéns aos irmãos portugueses.
Ontem a noite ao lado de minha esposa, participei do culto de formatura de nossa filha Abigail. Uma coisa curiosa na palavra do pastor, foi quando ele disse que o melhor ator brasileiro não crê em Deus. Hoje procurei a entrevista dada em 15/01 deste ano para uma conhecida revista, e encontrei as declarações do ator. Quando perguntado se acreditava em Deus ele disse: "Olha, quando eu era criança eu acho que eu fingia acreditar em Deus. Acreditava em Deus e em Papai Noel. Hoje, adulto, acredito em Deus como acredito em Papai Noel. Quando o momento é de enorme tristeza e de enorme fraqueza, a gente perde a capacidade de raciocinar e até reza. Isso já aconteceu comigo. Mas foram poucas vezes". Numa das perguntas ele respondeu: "Zero crença".
Não questiono os dotes do conhecido e conceituado artista. Ele está com a sua 90ª peça em cartaz. O que é lamentável é comparar Deus a Papai Noel. Isso me fez lembrar de uma passagem bíblica sobre uma parábola contada por Jesus. Ele contou sobre uma grande safra nas terras de um homem rico. Ele não sabia onde colocar tantos produtos. Até que entendeu de derrubar seus celeiros e construir outros maiores para assim poder armazenar todos os bens. Depois ele disse para si mesmo: "Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se". O que ele não sabia é que naquela noite Deus lhe chamaria para uma prestação de contas de ingresso na eternidade. Foi chamado por Deus de insensato, porque acumulou muitas riquezas, mas tinha uma vida espiritual miserável (Lc 12.13-21).
A única maneira de entender como uma pessoa vive sem crer em Deus, é quando ela vive como "ator". Aliás, a palavra ator é uma transliteração do vocábulo grego hypokritês, de onde vem nossa palavra hipócrita. Dizer não crer em Deus é viver uma hipocrisia em pessoa, pois nas trincheiras desta vida, não existem ateus; pode até existir atores e gente atoa, mas não ateu.
Ser o melhor sem Deus, é ter um sucesso sem expressão, sem vida, sem continuidade. O Dr. James Dobson que é psicólogo, pediatra e filósofo norte-americano, que muito me ajudou com seus excelentes livros na criação de minhas filhas, sonhava ser o campeão de tênis em sua faculdade. Ele ficou orgulhoso quando viu seu troféu exibido em local de destaque na sala de troféus da faculdade. Anos depois, alguém lhe enviou o trófeu pelo correio, pois havia sido encontrado numa lata de lixo, por ocasião de uma reforma na escola. Ao receber o troféu com essa informação, James disse: "No devido tempo, todos os seus trófeus serão jogados no lixo por alguém!".
Viver apenas para esta vida, é viver pequeno demais. Viva com objetivos eternos, pois para isso é que estamos aqui. Quem não vive com Deus na terra, não o encontrará no céu. Seja um campeão para Deus, pois sem Ele, a vida não passa de uma encenação onde as cortinas se fecharão em breve para sempre.
Conversava nesta manhã com uma irmã/amiga pelo MSN e tive a triste informação da morte de sua mãe. Ela foi para estar com o Senhor Jesus, pois nele cria como seu Salvador pessoal, mas sei que a família está sofrendo a perca incalculável da esposa e mãe. Convivemos um mês com essa querida irmã num treinamento evangelístico que tivemos há três anos numa chácara onde todos ficamos juntos. Sua filha me falou que foi tudo muito rápido.
Depois dessa notícia desagradável fui ler a Bíblia. O texto falava que Jesus estava saindo do templo e um de seus discípulos chamou sua atenção para as pedras enormes e as construções magníficas do templo em Jerusalém. Jesus disse para ele: "Você está vendo todas estas grandes construções? Aqui não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas" (Mc 13.1-2). Imediatamente fiz uma ligação com a informação do falecimento da mãe de minha amiga e comecei a meditar na transitoriedade desta vida.
Tudo aqui passa muito rápido. A média de vida de uma pessoa fica entre setenta e oitenta anos para os que têm mais vigor; mas geralmente são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos (Sl 90.10). A nossa vida é como e neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa" (Tg 4.14).
Lembro-me sempre de uma frase de Corrie Ten Boom: "Não segure as coisas com muita força". Tudo nesta vida evapora, tudo será derrubado. Devemos usar as coisas deste mundo, como se não as usassémos; porque a forma presente deste mundo está passando (1 Co 7.31). Vamos valorizar a vida, as pessoas, os bens, aproveitar o tempo, viver intensamente com qualidade. Só não podemos esquecer de guardar nossos tesouros no céu e fincar nossas raízes na eternidade, onde nada poderá abalá-los (Mt 6.19-21).
Você já imaginou um adolescente com 40 anos? Acho que não. Sabemos que a adolescência é uma fase do desenvolvimento humano entre os 12 e 18 anos que começa com a puberdade indo para a juventude. É um período caracterizado por mudanças rápidas, emoções, rebeldia, aventuras, sonolência, apetite voraz e uma série de outras coisas que todos conhecemos muito bem por experiência e informação.
Mas o que pouca gente admite, é que muitos adultos continuam com o comportamento de adolescentes mesmo depois dos 40 anos. Muitos não amadurecem e continuam irritadiços, rebeldes, cheios de melindres, hiper-sensíveis, com os nervos expostos. São pessoas que não sabem ser contrariadas, se ofendem com facilidade, têm dificuldade em perdoar, são vingativas e pior, não admitem que precisam mudar, amadurecer.
Para ilustrar as fases da vida cristã no tempo e na eternidade, o apóstolo Paulo disse: "Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino" (1 Co 13.11). É suportável e compreensível a conduta de um adolescente, mas é desagradável ver um homem ou uma mulher com 30, 40, 50 e às vezes até com 60 anos tendo conduta de adolescente.
Devemos crescer sempre, mas alguns são verdadeiros anões do comportamento humano. São pigmeus no campo dos relacionamentos. Adolescência é uma fase da vida humana, não a característica permanente de quem deveria mostrar maturidade. Você já saiu da adolescência emocional? Tem comportamento de adulto ou ainda vive como quem precisa ser paparicado ou suportado? Crescer é preciso.
Na tarde de hoje fui muito abençoado com a leitura da Bíblia no Evangelho de Marcos 7.31-37 sobre a cura de um surdo e gago. Foi um encontro divino com o Senhor que me impactou.
Jesus andava pela região de Decápolis, uma liga de dez cidades livres com alto nível de cultura grega. Estando alí, lhe trouxeram um homem surdo que mal podia falar, para que ele o curasse. Saindo do meio da multidão com o homem, Jesus toca seus dedos nos ouvidos dele e em seguida na língua. Olhando para o céu, Jesus deu um profundo suspiro e falou para o homem em aramaico: "Efatá"!, que significa "abra-se!". Os ouvidos do homem se abriram e ele começou a falar corretamente.
O homem mal falava porque não ouvia. Quando seus ouvidos foram abertos, ele começou a falar corretamente. Parei minha leitura e comecei a receber lições preciosas enquanto meditava no texto sagrado. Lembrei-me de Kris Lundgaard, o autor que estou lendo nestes dias. Ele disse que gastava uma hora para ler oito ou dez páginas dos escritos de John Owen, teólogo do século 17. Hoje, esses cinco versos da Bíblia me pararam. Poderia ter ficado muito tempo meditando, não fosse uma visita marcada para ser feita.
Uma das lições tiradas do texto, é que não podemos falar bem quando não ouvimos bem o que Deus tem para nos dizer. Aquele homem falava, mas falava com dificuldade. É o caso de muitas pessoas em nossos dias. Falam, mas falam mal. São pobres de conteúdo, falam desnecessariamente e pouco oferecem quando abrem a boca. Suas palavras não tem sabor. A Bíblia diz que devemos falar apenas palavras úteis que edificam graciosamente quem nos ouve. Diz ainda que o nosso falar deve ser agradável e temperado com sal (Ef 4.29; Cl 4.6).
Falamos mal porque ouvimos pouco a Deus. Ouvir a Deus é mais do que apenas ler a Bíblia. Precisamos aprender a ouvir a Palavra de Deus e não somente ler friamente suas páginas. O Salmo 40.6 diz: "Sacrifício e oferta não pediste, mas abriste os meus ouvidos..."; que literalmente quer dizer: "o Senhor cavou ouvidos em mim".
Quantas cabeças de concreto precisando da picareta dos céus para cavar ouvidos moucos que pouco ou nada ouvem da parte do Senhor. Daí, se falar tão mal nas conversações cotidianas e nos púlpitos das igrejas. Nunca vi tanta pobreza no falar por parte daqueles que se apresentam como porta-vozes do Senhor.
Na Idade Média havia uma tradição que dizia que o órgão usado para a concepção em Maria, a mãe de Jesus, havia sido o ouvido. Sem fazer disso um dogma teológico, precisamos de fato atentar para a verdade de que a mudança começa pelo ouvido. Surdos não falam, ou falam mal. Que eu e você aceitemos hoje mesmo o toque curador de Jesus, dizendo: "Efatá!", para você e para mim. Amém!
Você é muito mal, pior, muito pior do que imagina. Em você não há nada de bom. Você só quer fazer a sua vontade. Você não é justo, não entende as coisas como Deus quer, não busca a Deus, é um desviado, inútil. Você é capaz de matar para ver o sangue escorrer. Sua garganta é como uma sepultura aberta, sua língua é um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Você muitas vezes quer ser o melhor, mas na verdade é o pior dos pecadores. Seu coração é mais enganoso que qualquer outra coisa, é um doente incurável, ninguém consegue compreendê-lo, nem você mesmo. Ele é duro como um diamante. De dentro de você sai tudo o que não presta, até sei o que são: maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidades sexuais, roubos, falsos testemunhos e as calúnias. Você gosta de julgar os outros, mas é indesculpável, pois faz exatamente o que condena nas outras pessoas. Na verdade, todos os seus atos de justiça são trapos imundos que uma mulher usou em seu período menstrual. Eu poderia continuar lhe descrevendo, pois sei muito mais sobre você, mas imagino que a essa altura, você já está quase interrompendo a leitura. Agora, aqui entre nós, você está sentindo mesmo que seja um pouquinho de raiva desse escritor, está discordando um pouco ou completamente dessa descrição a seu respeito? Se sua resposta for sim, é porque você é isso mesmo. Se a sua resposta for não, isso não ameniza sua situação, pois você é tudo isso e muito mais. Agora, mudando um pouco o foco. Se tudo acima fosse dito por Deus a seu respeito, você ousaria argumentar com ele? Pois é exatamente Ele quem diz que eu e você somos exatamente assim. Leia os textos bíblicos indicados abaixo, para uma possível transferência de raiva.
Imagino alguns leitores cheios de argumentos de defesa, como: "Eu discordo completamente disso. Eu não sou assim e nunca fui esse tipo imundo descrito acima". Outros mais requintados, experientes, exegetas, consagrados... podem estar dizendo que tudo isso é verdade, mas se refere ao pecador perdido sem Jesus. Eu diria que isso continua sendo o nosso lado mal que está dentro de cada um de nós, mesmo sendo regenerados pelo Espírito Santo. A luta interior do cristão contra o pecado é constante. Isso sem falar aqui da luta contra o Diabo e o sistema mundano no qual vivemos. Nessa batalha não existe em nenhum momento um cessar-fogo. É uma guerra sem trégua. A Bíblia mostra listas de pecados contra os quais devemos lutar. E sem querer lhe desanimar, digo que nada fará com que as coisas melhorem para a carne (natureza pecaminosa). Ela é eternamente rebelde contra Deus. Jejum e oração não ajudam em nada a carne. Não tem jeito para ela.
Precisamos assumir esse nosso lado mal e não ficar tapiando que somos "santinhos" que só pensamos, fazemos e falamos o que é bom. Nunca deveríamos dizer para alguém: "Eu jamais esperava isso de você", pois do ser humano, pode se esperar qualquer coisa ruim. Quanto melhor conhecermos nossa natureza pecaminosa, melhor saberemos viver como Deus quer. Não fique escandalizado com você mesmo por causa de pensamentos, palavras, ações, reações, omissões, e sentimentos negativos que você jamais pensou em ter. Pois é possível que pessoas boas façam males.
Sou contra o pecado. Acredito na nova vida com Jesus. O Espírito Santo nos possibilita viver em santidade, pois quem nasceu de Deus não vive na prática do pecado porque a semente de Deus nos capacita para viver como Deus quer. Não precisamos viver mais debaixo do domínio do pecado, pois a graça de Deus nos assiste. O que quero deixar claro, é que o mal em nós é real e precisamos assumir isso. O melhor que fazemos é contaminado pelo pecado. Tudo de bom em nós é devido a bondade de Deus por nós em Cristo Jesus que morreu na cruz e ressuscitou para vencer o mal por nós e em nós. Isso já é verdade agora, mas só será consumado plenamente na eternidade. Daí a luta incessante contra o mal. Mas se nos revestirmos de Jesus, não satisfaremos os desejos carnais. Devemos ser sempre duros com o pecado, mas é hora de começarmos a ser mais complacentes conosco e com os outros, pois, conhecendo o pecado, também nos conheceremos melhor.
Referências bíblicas: Rm 7.18; Is 53.6; Rm 3.9-18; Tg 3.8; 1 Tm 1.15; Jr 17.9; Zc 7.12; Mt 15.19-20; Rm 2.1; Is 64.6; Gl 5.16-17; Rm 8.7; 1 Jo 3.9; Rm 6.14; Ef 2.8-10; Rm 13.14
Nesses dias mais recentes, tenho percebido em meus contatos, o quanto as pessoas estão desanimadas, sem motivação, sem perspectivas, sem alvos, sem metas. Vejo pessoas cheias de sentimentalismos e melindres, não assumindo compromisso por si mesmas. Aliás, isso é próprio de nossa cultura hodierna, relativizar tudo e não absolutizar nada.
Um de nossos males sociais é o egoísmo. Mas o antídoto para ele é o amor próprio. Amar a si mesmo, ao contrário do que possa parecer egoísmo, é uma excelente maneira para se viver bem e se relacionar bem com as pessoas. Não posso amar ninguém mais do que amo a mim mesmo. Devo amar as pessoas, mas impedirei que elas me amem se não amar a mim mesmo. E para que outros aceitem o meu amor, devem saber amar a si mesmas como me amam.
Amando a Deus e amando os outros como a mim mesmo, serei poderoso nas lutas que tenho que travar por essa vida a fora. O anjo do Senhor disse para Gideão: "O Senhor está com você, poderoso guerreiro" (Jz 6.12). Devemos depender sempre da força do Senhor, mas precisamos reagir e não viver nesse marasmo que contagia multidões. Você pode mudar, você pode experimentar dias melhores. Você quer? Deus nos ajuda e abençoa, e sem Jesus nada podemos fazer, mas Deus não costuma usar covardes e medrosos. As águas do rio jordão só se abriram quando os sacerdotes colocarem seus pés nas águas que transbodavam. Até uma tartaruga só vai para a frente se colocar a cabeça para fora. Vamos lá! Reaja!
É bem conhecida a expressão que diz: “Quem falha em planejar, planeja falhar”. Nesse início de ano é comum concentrar-se nos projetos pessoais. Pena que isso fica mais no campo da semântica do que no da prática. É preciso planejar com sabedoria buscando sempre a direção de Deus. Ele mesmo age “de acordo com o seu eterno plano” (Ef. 3.11). Quem planeja sua vida, certamente tem maior probabilidade de viver em melhor qualidade de vida, pois, “nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde vai”. É claro que nossos planos não são absolutos, apenas os planos de Deus são irrevogáveis. É por essa razão que todo planejamento deve ser feito na dependência do Senhor, pois a Bíblia diz: “Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua” (Pv. 16.1).
Quando se fala em planejamento, logo se pensa no dinheiro. Cada vez me convenço mais de que a vida financeira de uma pessoa reflete muito de seu caráter. Se alguém não consegue equilibrar suas finanças (independente do quanto ganha), ela ainda não é madura o suficiente para governar sua casa, liderar na igreja ou na empresa. Como se não bastasse, o dinheiro de uma pessoa fala muito de sua vida espiritual. Isso quer dizer que se você é um fracasso nas finanças, não pode ser uma bênção na vida espiritual. Na verdade, uma coisa está diretamente ligada à outra. Foi o próprio Jesus que disse: “[...] se vocês não forem honestos nas coisas pequenas, não serão nas grandes. Se vocês enganam um pouquinho só, não serão honestos nas responsabilidades maiores. E se vocês não são dignos de confiança nas riquezas deste mundo, quem confiará os verdadeiros tesouros do céu a vocês? E se vocês não são honestos com o dinheiro dos outros, como poderão assumir a responsabilidade pelo seu próprio dinheiro?” (Lc. 16.10-12 – BV). E não se pode falar em planejamento financeiro sem falar em orçamento. Se você ainda não o tem, comece anotando tudo que gastar. No final do mês analise os gastos à luz do que ganha e prossiga mês a mês, sempre usando a máxima de não gastar mais do que ganha.
Ao planejar nossas vidas, precisamos ser realistas e não fantasiar. A Bíblia tem uma palavra direta sobre a maneira correta de planejar, mostrando o quanto somos frágeis e o quanto devemos depender do Senhor em tudo. Está escrito: “Prestem atenção, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã vamos a esta ou àquela cidade, ficaremos lá um ano, e exploraremos um negócio lucrativo’. Como é que sabem o que vai acontecer amanhã? A duração das suas vidas é tão incerta quanto a neblina do amanhecer; agora se vê, mas logo se esvai! O que vocês devem dizer é: ‘Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo’” (Tg. 4.13-15 – BV). Pode-se ousar nos planos, mas sem ignorar o bom senso e a realidade dos fatos. Planejar não significa necessariamente concretizar o que se planejou. Devemos planejar com sinceridade e confiança, mas igualmente devemos ser maleáveis às mudanças.
Seu planejamento deve seguir algumas dicas básicas: 1) Determine suas prioridades com clareza. Ao estabelecer seus alvos dê prioridade a eles. Se não houver objetivos mensuráveis, fica difícil saber onde se está, e para onde ir. 2) Faça uma tempestade de idéias. Anote suas idéias e compartilhe com seu cônjuge, filhos e amigos, buscando assim ampliar a qualidade das metas em vista. 3) Elabore um plano de ação com datas para alcançar os planos e datas de avaliação. 4) Comprometa-se com o seu planejamento. Para isso você terá que refazer sua agenda de atividades, cortando alguns afazeres em prol de outros. Sem dedicação não se alcança o que se almeja. Cada dia reveja seu planejamento e mentalmente os visualize, banhando tudo com oração. 5) Tire lições do que não acontecer. Se alguma coisa não sair conforme foi planejado, não significa que o plano foi um fracasso. Concentre-se nos aspectos positivos e reveja o que falhou. 6) Comemore as conquistas de uma maneira que o faça sentir-se recompensado pelo projeto traçado e concretizado.
por Antonio Francisco
“Começou uma discussão entre os discípulos acerca de qual deles seria o maior. Jesus, conhecendo os seus pensamentos, tomou uma criança e a colocou em pé, a seu lado. Então lhes disse: Quem recebe esta criança em meu nome, está me recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre vocês for o menor, este será o maior” (Lc. 9.46-48).
A Bíblia nos diz que nossos últimos dias na terra serão terríveis. Uma das razões para isso é o nosso egocentrismo (2 Tm. 3.1-2). Isso quer dizer que somos responsáveis pelos dias difíceis que vivemos. Somos inimigos de nós mesmos. A Bíblia diz que o egoísmo é obra da carne (Gl. 5.20). Quando assumimos o egocentrismo estamos contribuindo para dias terríveis nas relações humanas. O profeta Isaías, 700 anos antes de Cristo já falava contra os grandes latifundiários: “Ai de vocês que adquirem casas e mais casas, propriedades e mais propriedades, até não haver mais lugar para ninguém e vocês se tornarem os senhores absolutos da terra!” (Is. 5.8). Falou também contra os maus legisladores que faziam leis pensando em si mesmos: “Ai daqueles que fazem leis injustas, que escrevem decretos opressores, para privar os pobres dos seus direitos e da justiça os oprimidos do meu povo, fazendo das viúvas sua presa e roubando dos órfãos! Que farão vocês no dia do castigo, quando a destruição vier de um lugar distante? Atrás de quem vocês correrão em busca de ajuda? Onde deixarão todas as suas riquezas? Nada poderão fazer, a não ser encolher-se entre os prisioneiros ou cair entre os mortos” (Is. 10.1-4). Isso me faz lembrar de um ditado que li há mais de vinte anos: “Se todos dessem do que lhes sobra, cada um teria o necessário”. Mas é quase impossível o egocêntrico admitir que alguma coisa dele está sobrando a ponto de repartir com alguém. Um dos reformadores do século XVI disse que quando temos muito, estamos roubando dos que não têm.
Existem dois impulsos dominantes em nossa natureza humana: o que se volta para o ego e o que se volta para os outros, isto é, o egoísmo e o altruísmo. Se alguém caracteriza sua vida pelo egoísmo, está lutando contra si mesmo, pois não está satisfazendo um outro impulso nato que é servir ao próximo. Portanto, se conclui que o egoísta não é feliz. Ele vive em função de si mesmo, agradando só a si. Isso não é vida. É verdade que devemos ter auto-estima, amar a nós mesmos, pois para amar ao próximo devemos amar a nós mesmos (Mt. 22.39). Nas palavras de Jesus, é quando perdemos a vida que a achamos de verdade (Mc. 8.35). Continua valendo o velho adágio popular: “Quem não vive para servir, não serve para viver”.
Para sentir-se útil e realizado você precisa negar-se a si mesmo em prol dos outros. Quando assim procedemos, desfrutamos de uma vida saudável. O contrário também é verdade. O egoísta é uma pessoa doente. O egoísmo é como um câncer que corrói a quem o possui, levando-o à morte por deixar de servir a outros.
Lutero disse: “Nenhuma árvore produz frutos para seu consumo próprio. Tudo quanto há na vontade de Deus se dá em favor dos outros. Somente Satanás, e os homens sob a influência do Maligno, é que buscam o proveito próprio”. Essas palavras servem para análise de como estamos vivendo: para nós mesmos ou para os outros. Jesus viveu para os outros. Ele disse que veio para servir e dar a sua vida por outros (Mt. 20.28). Pense nisso:
“Só crescerei quando crescer para cima – para o Calvário. Daí, morro para viver”.
“Terei uma personalidade amável somente quando eu amar alguém mais do que a mim mesmo – quando amar a Deus”.